quarta-feira, 15 de abril de 2009

Futebol Clube do Porto está fora

Os grandes jogadores são assim. Num momento de inspiração resolvem uma eliminatório. Até podem nem jogar muito, não ser muito consistentes, mas resolvem. Aquele golo do Cristiano Ronaldo é uma obra de arte, de categoria, de talento. Parabéns.

Os portistas sonhavam, ansiavam profundamente chegar às meias-finais. Mas todos sabíamos que não seria nada fácil, dada a categoria do adversário. Como se viu.

Não esquecer a dificuldade enorme que o Porto tem em jogar no seu estádio na presente temporada. Reparemos que não ganhou ao Benfica, ao Sporting, ao Atlético de Madrid, além de outros. Tem jogado melhor fora do que em casa. E isto, senhor Jesualdo, é uma verdade! O senhor é o treinador. Aliás, basta ver. O jogo do FCPorto foi muito mais empolgante em Inglaterra do que no Dragão.

A lesão de Lucho teve o seu peso. Ele é um jogador fulcral, inteligente, que pauta o ritmo, que causa desequilíbrios, que remata. Por alguma razão ele rarissimamente é substituído. O Porto não tem um jogador à sua altura. E isso já me preocupava há muito. Se ele está em má forma ou se lesiona, a equipa logicamente ressente-se.

Ao contrário do Manchester United, que é um clube rico, o Porto tem que vender todos os anos os passes de alguns jogadores por motivos orçamentais. Sapunaru, Rolando, Cissokho, Fernando, Hulk, e Cristian Rodriguez (mais de meia equipa) chegaram ao Porto na presente época . E uma equipa não se contrói de um dia para o outro. Pudessem os azuis e brancos manter este plantel intacto para a próxima época e outro galo poderia cantar! Mas todos sabemos que não é possível.

Oxalá que este jogo tenha sido um banho de humildade para jogadores muito endeusados internamente, mas que demonstraram que precisam mesmo de crescer - e muito! Sobretudo Hulk. Mas também Rodriguez, Meireles, Lisandro.

Mali, male, malum

"Deus já nem me ouve..."
"Rezo tanto e nada consigo..."
"Os que não ligam a Deus é que têm sorte na vida..."

MALI
Somos maus
Bem, perfeito só Deus, é um facto. Nós carregamos sempre a limitação e a imperfeição. Por isso, o convite de Jesus: "Convertei-vos..."
O problema é que, tantas vezes, nos achamos os melhores, os intocáveis, os perfeitos.
"Eu cá não tenho pecados..."
"Ah! Se todos fossem como eu, não viria nenhum mal ao mundo..."
Dizemos isto em voz alta? Nem sempre. Mas quantos o sentem e o vivem?
MALE
Rezamos mal
Como rezamos? Com fé? Entregamo-nos confiadamente à vontade de Deus ou exigimos que Deus se submeta à nossa vontade? Somos perseverantes? Temos consciência que o relógio de Deus tem o seu ritmo que não é necessariamente o nosso? Sabemos que Deus nos ama muito mais do que cada um a si próprio? Mais, consciencializamo-nos que Deus sabe muito mais o que nos convém do que cada um de nós? Não faremos algumas vezes da nossa oração um "negócio"?
Não seremos daqueles que "só se lembram de Sta Bárbara quando troveja"?
MALUM
Pedimos o mal
Há muitos anos mesmo, fui pregar a uma terra bastante longe daqui. A procissão foi de tarde. Dia tórrido de Verão.
Saí da sacristia no final, descia o corredor central da Igreja rumo à porta de saída. Eis que me deparo com uma cena patética. Um borrachola, cambaleando, erguia as mãos diante da imagem do santo especado no andar e pedia alto, num tom que a carga alcoólica tornava gaguejado: "Ó meu rico santinho, aumentai-me o apetite de beber!"
Ou que dizer daquela senhora que fez uma generosa promessa ao Santo António se ele matasse as galinhas todas da sua vizinha que lhe comiam as couves ?
Dirão: "Bom, isso são casos patéticos." Eu sei.
Mas quantas vezes não pedimos a Deus algo que é mal para nós ou para os outros? E às vezes até sem nos darmos conta...
Então se pedirmos o mal, acham que Deus vai atender-nos? Se uma criança diabética pedir`aos pais montes de doces, estes dão-lhos? Claro que não, mesmo sabendo que ela fica de carinha torta.
Quantas vezes não ficamos de carinha torta com Deus porque Ele não nos atendeu naquela altura e mais tarde não descobrimos quão amigo foi o Senhor!? Ainda há pouco tempo, uma pessoa amiga desabafava no meio de um grupo: " Tenho muitas graças a dar a Deus. Tanto Lhe pedi em tempos que me concedesse ..... Olha se me tem ouvido, estava tramado!"
Nós temos um raio de visão minúsculo; Deus tem-no infinito. Porque vê bem mais longe, sabe o que é melhor para nós.
"Seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu."

Sem Eira Nem Beira

A canção Sem Eira Nem Beira, novo tema dos Xutos & Pontapés que faz parte do novo disco do grupo, transformou-se num manifesto contra o Governo e o vídeo é um fenómeno na Internet.

Há trinta anos que a música de intervenção vem caindo em desuso. Mas as circunstâncias actuais criam-lhe um ambiente propício ao sucesso. Por isso, não admira que esta canção se tenha transformado num enorme êxito.

Pode ouvir a música aqui: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=132146.
Encontrará o vídeo ao fundo da página.

Por cada dia que passa, são 15,3 milhões de euros que são retirados à riqueza nacional

A riqueza produzida em Portugal vai cair 3,5 por cento neste ano. Os efeitos da crise económica, a pior desde o 25 de Abril, vão custar ao País 5,6 mil milhões de euros. Em média, por cada dia que passa, são 15,3 milhões de euros que são retirados à riqueza nacional. Tudo somado, o que vamos perder este ano pela contracção da economia, dava para pagar o novo aeroporto, o TGV e a 3ª travessia do Tejo.
O Boletim da Primavera do Banco de Portugal revela que o último trimestre foi desastroso para a economia mundial e atingiu em cheio o nosso país, com uma queda do Produto Interno Bruto de 1,8 por cento, uma redução das exportações de 8,9 e do investimento de 8,4 por cento. A procura externa dirigida à economia portuguesa passou de um crescimento positivo de 2,5 por cento para uma projecção negativa de -13 por cento.
Com este cenário é inevitável o aumento do desemprego, a diminuição do consumo e a descida da inflação.
'O desemprego não deverá aumentar tanto como a dimensão da recessão pareceria indicar, uma vez que o comportamento normal das empresas é o de tentar conservar os seus trabalhadores na expectativa de a quebra de crescimento ser temporária', afirma Constâncio, que faz um apelo ao Governo: 'Responder à crise actual deve ter, assim, como principal preocupação tentar minorar o desemprego e os seus efeitos humanos e sociais. Isso é particularmente importante para evitar um aumento da pobreza em Portugal.'
O governador aconselha o Executivo a ter 'prudência' na adopção de medidas que possam colocar em causa a sustentabilidade das finanças públicas. Recusando-se a comentar sobre quais os efeitos que estas novas projecções terão no défice público, Constâncio refere que, se o aumento do défice resultar da diminuição da receita fiscal, 'não é necessário um orçamento rectificativo'.
Mas nem tudo são más notícias. A recessão traz consigo um maior aforro das famílias, proporcionado por uma redução do consumo, em particular dos bens de consumo duradouro (carros e electrodomésticos) que sofrem uma queda de 17 por cento. 'Prevemos um aumento real de cerca de dois por cento do Rendimento Disponível médio das famílias portuguesas', refere Constâncio, adiantando que este facto supõe 'uma forte subida da taxa de poupança dos particulares (de 6,2 para nove por cento do rendimento disponível).
Correio da Manhã

Dois milhões de pobres

Portugal tem dois milhões de pobres, 15% são crianças.

(...prevê que o aumento da taxa de desemprego seja o principal factor a pesar no aumento da pobreza em Portugal.)

Veja aqui: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1201976

terça-feira, 14 de abril de 2009

Rainha do Céu alegrai-Vos


Rainha dos céus, alegrai-vos. Aleluia!

Porque Aquele que merecestes trazer em vosso seio. Aleluia!

Ressuscitou como disse. Aleluia!

Rogai por nós a Deus. Aleluia!

D./ Alegrai-vos e exultai, ó Virgem Maria. Aleluia!

C./ Porque o Senhor ressuscitou, verdadeiramente. Aleluia!

Oremos. Ó Deus, que enchestes o mundo de alegria com a ressurreição do Vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, concedei, nós vo-lo pedimos, que pela intercessão da Virgem Maria, Sua Mãe, alcancemos as alegrias da vida eterna. Por Cristo, Senhor nosso.

Oportunismo detestável

E se em vez de um amigo, lhe saísse um oportunista?
Pode-lhe ter acontecido. Como a muitos.
Já o povo fala de amigos verdadeiros e amigos do nosso... Sim, do nosso. Não é só do nosso dinheiro, mas do nosso serviço, do nosso favor, do nosso contributo...
Amigo do médico para ter acesso ao atestado, amigo do engenheiro para ter a planta gratuita, amigo de bancário para ter mais fácil acesso ao crédito, amigo do político para ter este ou aquele benefício, amigo do empresário para ter emprego para o filho, amigo do padre para ter um privilégio no tocante à vida cristã, amigo do treinador para pôr o filho sempre a jogar... Enfim, amigos do que o "amigo" pode ter ou fazer.
Mas se este oportunismo é detestável, o caso atinge o cúmulo quando se pensa que, por aparecer na Igreja, o padre tem o dever de lhe fazer mais isto e mais aquilo, mesmo que isso signifique ir contra a consciência, mesmo que isso signifique criar excepções e privilégios, mesmo que isso signifique colocar mal o padre diante da comunidade. Neste caso, a situação reveste-se de suborno e de abuso do sagrado. Mas olhem que há gente capaz de o tentar! E como não obtém resposta favorável, lá surgem "a má cara", o descontentamento, a crítica soez, o abandono...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Foi ontem refrão na comunicação social

Crianças que têm fome, mas que aparecem com roupas de marca.

O fenómeno não é novo. Conheci em tempos uma freguesia onde as coisas se passavam de maneira parecida. Não sei o que acontece actualmente.
Essa freguesia, formada por várias povoações, bastante distantes entre si, era uma "onu" de concepções de vida. Num povo, as pessoas andavam rotas, mas de barriga cheia. Noutro, embora não passassem mal, gostavam de se apresentar bem quando saíam. Num outro, vivia-se só para a aparência, o que importava era o aspecto físico, o vestir bem, o parecer importante.
Já sabemos que as crianças são óptima caixa de ressonância dos ambientes de onde provêm. Por isso, quando os pequenos se juntavam para alguma actividade de âmbito paroquial, não tinham problema nenhum em verbalizar o que cada povo sentia pelos outros, chegando, muitas vezes, a vias de facto...
Embora com a água a crescer-lhes na boca quando viam os coleguitas mais mal vestidos com um valente naco de presunto nas unhas, os meninos bem vestidos, quando em grupo, faziam questão de desprezar e gozar com a refeição dos outros. Recorrendo à imaginação, fantasiavam um mundo de guloseimas lá em casa. Mas quando se dispersavam, era ver cada um deles a arraposar-se junto dos coleguitas do naco de presunto. Era cá um tirar a barriga de misérias!
A crise actual obriga a escolhas. E há famílias que preferem que os filhos não tenham uma alimentação satisfatória a aparecerem exteriormente inferiorizados junto dos colegas.
É a mentalidade portuguesa. Muito virada para o parecer, pouco preocupada com o ser.

O idiota

Conta-se que numa pequena localidade do interior, um grupo de pessoas divertia-se com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e sobretudo de esmolas.
Diariamente, eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas – uma grande de 50 cêntimos e outra menor, de 1 euro.
Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos.
'Eu sei' – respondeu o homem que afinal não era tão tolo assim – 'ela vale metade do valor, mas no dia em que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou ganhar mais nenhuma moeda.'
Podem tirar-se várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: quais são os verdadeiros tolos da história?
A terceira: se você for demasiado ganancioso, acaba por estragar a sua possível fonte de rendimentos.
Mas a conclusão mais interessante é a seguinte:
A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, 'o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente nós somos.'
'O maior prazer de um homem inteligente é fazer de idiota, diante de um idiota que faz de inteligente'.
http://relances.blogspot.com/2009/04/o-idiota.html

Vinham contentes!

Pela tarde dentro, os grupos que andaram de casa em casa a anunciar Jesus Cristo Ressuscitado foram chegando à casa paroquial. De todos ouvi o mesmo comentário: "Correu bem"! Um ou outro ligeiro percalço não afectou a sua satisfação.Por isso, estavam contentes. E eu, claro, também. Nenhum grupo foi além das 13.30 horas. Assim, as famílias ficaram com a tarde livre para se visitarem, para conviverem, para regressarem atempadamente ao local de trabalho. Neste momento, louvo a Deus por tanta gente boa, generosa, que gosta de colaborar, tantas vezes com prejuizo próprio. Felicito todos e cada um. Que Deus, de quem procede todo o dom perfeito, recompense a generosidade do vosso serviço, alegre, acolhedor, sereno.
Em virtude das várias Eucaristias a que presidi, não pude integrar nenhum dos grupos pascais.
Mas pude comprovar, satisfeitíssimo, que houve muita serenidade, tempinho de oração, cumprimento elegante dos familiares.
Como de costume, a família Pereira ofereceu o almoço aos elementos dos dois grupo que fizeram Tarouca - e, claro, ao abade. Muito obrigado.
Muito obrigado à comunidade pela maneira como acolheu os enviados, pela simpatia revelada e pela generosidade.

domingo, 12 de abril de 2009

Assista ao vídeo

O blog "Tarouca Hoje" publicou um vídeo que contém um pequeno resumo da Via-Sacra realizada nesta paróquia na Sexta-Feira Santa.
Se quer ver, assista aqui: http://taroucahoje.blogs.sapo.pt/

A Ressurreição está na rua


Terminou há instantes a Celebração Pascal - Procissão da Ressurreição e Eucaristia. Seguiu-se a cerimónia do envio daqueles que, em nome da Igreja, partem para o anúncio da Ressurreição.
Está a começar a Visita Pascal. Doze grupos anunciam de casa em casa que Jesus Cristo é o Vivente, que a morte não tem domínio sobre Ele.
Eu vou partir já também para presidir às Eucaristias.
Todos enviados, cada um no seu serviço aos irmãos.
É um belo momento de Igreja. Todos baptizados, todos enviados a anunciar Jesus Cristo, o único Libertador do homem.
Hoje aí temos a Igreja fora das igrejas.
Não deveria ser sempre assim?

sábado, 11 de abril de 2009

Cristo Ressuscitou, Aleluia!

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcroe viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predilecto de Jesus e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
(Evangelho de São João)

À Vítima pascal
ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor.

O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.

A morte e a vida
travaram um admirável combate:
Depois de morto,vive e reina o Autor da vida.

Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?

Vi o sepulcro de Cristo vivo
e a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.

Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.

Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.
(Liturgia)

Santa Páscoa!


Páscoa...
É ser capaz de mudar,
É partilhar a vida na esperança,
É lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
É ajudar mais gente a ser gente,
É viver em constante libertação,
É crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida,
É investir na fraternidade,
É lutar por um mundo melhor,
É viver em solidariedade.
É renascimento, é recomeço,
É uma nova chance para melhorarmos
as coisas que não gostamos em nós,
Para sermos mais felizes por conhecermos
a nós mesmos mais um pouquinho.
É vermos que hoje...
somos melhores do que fomos ontem.

Santa Páscoa, amigo (a) visitante!

Que significa para si a Quaresma?

Terminou a Quaresma. Apresento os resultados da última sondagem deste blog,

Tempo de oração, jejum e esmola. - 56%
Tempo "chato" em que as pessoas não se podem divertir. - 12%
Tempo de jejum e abstinência. 12%
Preparação para a Páscoa. -48%
Tempo da "desobriga". - 4%
Tempo de reconhecer que somos egoístas, indiferentes, interesseiros, sensuais, agarrados às coisas materiais, pouco dispostos ao diálogo e ao perdão. - 20%
Quaresma é um convite ao arrependimento e à conversão ao Deus do Amor e do Perdão. -76%
Penso que hoje a Quaresma não tem interesse. - 8%
Tempo de libertação de tudo o que nos escraviza. - 32%

Antes de mais, o meu obrigado a todas as pessoas que colaboraram.
Sinto-me totalmente identificado com as questões mais votadas.
Respeito quem não tenho o mesmo apreço pela Quaresma, embora discorde.
A Quaresma não é um tempo "chato" nem perdeu o interesse. Pelo contrário...
A Quaresma, caminhada para a pátria da libertação pessoal e comunitária, é um tempo fantástico, maravilhoso. Não oferece facilidades? Certamente. Mas nisso está todo o seu charme.
A "corda" da vida sobe-se a pulso e a crise actual vem pôr-nos esta realidade diante dos olhos. As facilidades do consumismo colocaram-nos neste estado lastimoso.
A pedagogia da fé tem toda a razão. Precisamos de ser livres e só o somos num quadro de exigência connosco próprios. Depois, quanto mais exigentes somos connosco próprios, mais tolerantes e compreensivos seremos para com os outros.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Desceu aos infernos

Ao cair da tarde– visto ser a Preparação, isto é, a véspera do sábado – José de Arimateia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, foi corajosamente à presença de Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos ficou admirado de Ele já estar morto e, mandando chamar o centurião, ordenou que o corpo fosse entregue e José.
José comprou um lençol, desceu o corpo de Jesus e envolveu-O no lençol; depois depositou-O num sepulcro escavado na rocha e rolou uma pedra para a entrada do sepulcro.
Entretanto, Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde Jesus tinha sido depositado. (Evangelho de São Marcos)

«Creio em Jesus Cristo… que foi crucificado, morto e sepultado; desceu aos infernos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos Céus.»

Que significa a expressão desceu aos infernos”?

Que Jesus morreu “realmente”, que passou pela humilhação de estar morto, separado desta vida, excluído do resto do mundo que continuou a viver.
Por isso, quando os católicos confessamos, na nossa fé, que Jesus Cristo descendeu aos infernos, queremos simplesmente dizer que permaneceu no estado real de morte; que chegou ao limite extremo do seu abaixamento; que com ela tinha tocado no fundo.
Como diz São Paulo, Cristo é o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o primeiro dentre os irmãos, o primeiro em tudo (Cl 1,18). Estavam todos nos “infernos” a aguardar que se realizasse a redenção de Cristo.
Quando Este morreu, desceu, pois, à sua procura para lhes dar a boa notícia e levá-los com Ele para o Paraíso. Cristo inaugurou o céu, e atrás dele entraram todos os que antes da sua vinda tinham sido dignos da salvação.
As cadeias que, segundo São Pedro no seu discurso de Pentecostes, retiveram a Cristo e a todos os defuntos no sheol (a morada dos mortos), foram partidas para sempre.

Na morada dos mortos, a vida

A “descida” de Cristo aos infernos tem, pois, uma mensagem imensa. Todos aqueles que tinham vivido antes de Cristo, aos quais o Evangelho nunca havia chegado, que nunca tinham ouvido falar de um Redentor, também puderam salvar-se.
Todas as épocas da História foram santificadas, começando por Adão. Por isso hoje, sabendo melhor do que antes quão antiga é a nossa humanidade, esta doutrina tem maiores dimensões.
E para os que viemos depois, o dogma afirma que Cristo passou pela porta daquilo que mais nos aterrorizava – a morte, que antes era “os infernos” – e destruiu-o. Todo o medo do mundo estava ligado a isso. Mas agora o sheol está superado. A morte já não é o mesmo que antes, porque a vida está no meio dela.
As portas da morte ficaram definitivamente abertas, tanto para os que vêm depois, como para os que morreram antes.

Momento de bela vivência colectiva




21 horas. Inicia-se a Via-Sacra no adro da Igreja rumo a Alcácima.
Uma brevíssima intervenção sobre o acto em que todos íamos participar.
Depois entram em cena os jovens. Umas dezenas deles. Alguns adultos entram também em cena. As várias estações são enunciadas, depois os intervenientes visualizam-nas. Após as primeiras estações no adro, seguem-se algumas pelo caminhos, acontecendo as últimas mo morro de Alcácima.
Bastante gente a quem saúdo. O espírito de recolhimento que o dia exige. Terminámos com a saudação individual à Cruz.

Gostei. Penso que, pela reacção obtidas, as pessoas gostaram.
Uma palavra de enorme aplauso para os jovens e adultos intervenientes. Foram maravilhosos. Parabéns. O que esta gente trabalhou, ensaiou, se aplicou! A seriedade posta na sua actuação ajudou-nos imenso a vivenciar os passos d'Aquele que, por nós e por nossa salvação, Se entregou à morte.
A todos os que de uma forma ou de outra deram a sua colaboração, o nosso sentido agradecimento.

Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.

SEXTA-FEIRA SANTA
Foi por nós e pela nossa salvação que voluntariamente Se entregou à morte.
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Foi na Sua morte que todos fomos salvos.
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O Senhor salvou-nos, porque nos tem amor.
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Cristo Jesus, que era de condição divina,
não Se valeu da sua igualdade com Deus,
mas aniquilou-Se a Si próprio.
Assumindo a condição de servo,
tornou-Se semelhante aos homens.
Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais,
obedecendo até à morte e morte de cruz.
Por isso Deus O exaltou
e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes,
para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem
no céu, na terra e nos abismos,
e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor,
para glória de Deus Pai.
(Carta aos Filipenses)