sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Os Heróis nacionais de Dom Américo

"A esmagadora maioria dos nossos padres são heróis nacionais", disse Dom Américo no improvisado discurso de uma tomada de posse "fora da caixa", como Bispo de Setúbal.
Gostei de ouvir. Fez-me bem ouvir.
Não porque o mereça, não porque me julgue acima dos leigos ou mais sacrificado que os outros. Não porque precise de elogios como de carvão para a máquina andar. Não. Nem pensar.
Mas faz-nos bem ver alguém, um Cardeal Américo Aguiar levantar "a moral das tropas" presbiterais. Sobretudo sabe bem, quando, mais uma vez, pela enésima vez, o Papa Francisco, numa intervenção sinodal, malhou forte e feio no clericalismo, que ele diz ser e é uma verdadeira praga de mundanismo (sob capa) espiritual infiltrado na Igreja.
Não é que o Papa não tenha razão nem clarividência no diagnóstico, na denúncia e na terapia da doença. Tem carradas de razão.
Mas não seria muito pedir a Dom Américo, o mais novo (e tantas vezes o Espírito fala pela boca do mais novo, diz São Bento na Regra), que, no próximo encontro pessoal com o Papa lhe diga que nós, os padres, temos apanhado merecida porrada. Mas o que é de mais é moléstia.
Sinto que é altura de palavras mais estimulantes e edificantes para a conversão pessoal e pastoral do clero. Talvez elas tenham sido proferidas mas pouco divulgadas. Amo e aprecio imenso o Papa.
Sei que ele mesmo apreciará que discordemos dele em algumas coisas e lho digamos com "parrésia". Neste momento, acho que nos regenera e motiva mais a valorização positiva do que uma censura, mesmo se merecida. Os padres também hão de fazer parte desses "Todos, todos, todos" que se quer acolher. São horas de levantar a cabeça, heróis da missão em terra e além mar.
Amaro Gonçalo, Facebook

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