"A esmagadora maioria dos nossos padres são heróis nacionais", disse Dom Américo no improvisado discurso de uma tomada de posse "fora da caixa", como Bispo de Setúbal.
Gostei de ouvir. Fez-me bem ouvir.
Mas faz-nos bem ver alguém, um Cardeal Américo Aguiar levantar "a moral das tropas" presbiterais. Sobretudo sabe bem, quando, mais uma vez, pela enésima vez, o Papa Francisco, numa intervenção sinodal, malhou forte e feio no clericalismo, que ele diz ser e é uma verdadeira praga de mundanismo (sob capa) espiritual infiltrado na Igreja.
Não é que o Papa não tenha razão nem clarividência no diagnóstico, na denúncia e na terapia da doença. Tem carradas de razão.
Mas não seria muito pedir a Dom Américo, o mais novo (e tantas vezes o Espírito fala pela boca do mais novo, diz São Bento na Regra), que, no próximo encontro pessoal com o Papa lhe diga que nós, os padres, temos apanhado merecida porrada. Mas o que é de mais é moléstia.
Sinto que é altura de palavras mais estimulantes e edificantes para a conversão pessoal e pastoral do clero. Talvez elas tenham sido proferidas mas pouco divulgadas. Amo e aprecio imenso o Papa.
Sei que ele mesmo apreciará que discordemos dele em algumas coisas e lho digamos com "parrésia". Neste momento, acho que nos regenera e motiva mais a valorização positiva do que uma censura, mesmo se merecida. Os padres também hão de fazer parte desses "Todos, todos, todos" que se quer acolher. São horas de levantar a cabeça, heróis da missão em terra e além mar.
Amaro Gonçalo, Facebook
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