Num documento divulgado hoje sobre o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação que o Papa Francisco instituiu em 2015 e que se assinala, em cada ano, no dia 1 de setembro, os bispos que integram a Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana referem-se às consequências dos fogos, deste verão.
A Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana acerca dos fogos:
- Os que se consideram “donos e senhores do mundo” precisam de “conversão”, referindo os “impactos negativos” nas populações “atingidas pelos incêndios”.
- “A morte de tantas pessoas, a perda de habitações permanentes, o desaparecimento de postos de trabalho (em zonas onde já não abundam), a morte de animais e a destruição de pastos”.
“Todos temos presentes o impacto psicológico e o desalento que estas situações inevitavelmente comportam”.
- As alterações climáticas “são evidentes” num ano de tão grande seca.
- “Que nunca mais sejam esquecidos os milhões de pessoas, nossas irmãs e irmãos que, em tantas zonas do planeta, sofrem de fome, de doenças e de miséria devido à má distribuição dos bens da Criação que Deus destinou a todos”.
- Convida as comunidades cristãs a “dar graças a Deus pela Criação e a pedir ao Criador a conversão do coração daqueles que se consideram donos e senhores do mundo”.
O Papa instituiu, em 2015, na Igreja Católica o "Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação", que se realiza anualmente a 1 de setembro, na mesma data em que já era comemorada pela Igreja Ortodoxa.
A 18 de junho do mesmo ano, o Papa publicou a encíclica ‘Laudato si’, na qual Francisco propõe uma mudança de fundo na relação da humanidade com o meio ambiente, alertando para as consequências já visíveis do aquecimento global e das alterações climáticas.
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