"Pela arqueologia e a documentação escrita
existente, ainda abundante, apesar de não tanto como no passado, é certo que
TAROUCA tem uma fundação anterior à Nacionalidade, conquanto o seu assento
primitivo tivesse sido primeiro ao norte, no recosto de um monte sobre a
povoação de Dalvares, tão curiosa etnográfica e historicamente como a Vila. Na
vertente ocidental deste monte ainda se vêem restos de paredes de edifícios muito espessas,
e montes de pedras das mesmas. Mais ao alto, divisam-se vestígios de uma povoação do tipo citânia (casas circulares, etc.)
inexplorada, e, na curva do monte, um forte muro de castro. Parece que devido a
este foi a primitiva TAROUCA designada Castro Rei (pois é ainda o nome do
Monte)."
"Infelizmente, do vasto castelo e cerca da actual Vila, cuja
alcáçova se encontrava no inexpugnável morro ainda chamado Alcácima (isto é,
alcáçova), em que ela se encosta graciosamente do lado sul, nada existe, mas
deles havia ainda grandes restos há duzentos anos; e ainda do século XV há
notícias da Vila cercada de muralhas, com suas portas."
"Ainda são nela (Vila) visíveis e rasteáveis edificações da Idade Média,
ocupando o primeiro lugar a Igreja Paroquial de S. PEDRO DE TAROUCA, que é
monumento nacional, com notáveis sobrevivências românicas (pórtico lateral e
frontal, valiosos pelos seus ornatos, cachorrada com o seu simbolismo 200 ou
fitomórfico, etc.), e, no interior, além da valiosa talha, um precioso túmulo
do século XVI, ainda influenciado na sua exuberante decoração pelo manuelino."
A.de Almeida Fernandes (1955)
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