terça-feira, 3 de agosto de 2010

Bispo de Beja preocupado com «sobrecarga» de padres da Diocese

Bem prega Frei Tomás:
Olhai para o que ele diz,
Não olheis para o que ele faz.
(Popular)
D. António Vitalino, Bispo de Beja, manifestou-se preocupado com a “sobrecarga” de alguns padres da Diocese, a falta de clero.
Infelizmente, este ano não tivemos ordenações de novos presbíteros, enquanto outros vão atingindo o limite das suas forças. Isto traz-me preocupado, pois vejo que muitos andam cansados e algumas partes da diocese necessitam de mais atenção pastoral”, refere o prelado.
O prelado mostra-se “consciente da sobrecarga de alguns clérigos” e revela estar “em diálogo com outras dioceses e instituições de vida consagrada, no sentido da entre-ajuda missionária”.
Fonte: ecclesia
- A Igreja tem uma Doutrina Social fantástica.
- A Bíblia propõe-nos o Mandamento Novo do Amor como ideal de vida e afirmação da nossa fé.
- A Igreja não cessa de apelar à caridade e à solidariedade como é seu dever.
Mas "entre muros" vivem-se essa solidariedade e caridade?
Como se explica essa deficiente distribuição dos agentes pastorais, mesmo dentro das fronteiras de um país?
Não pensemos que isto diz apenas respeito aos Bispos. Tem a ver com todo o povo de Deus.
Muitas comunidades, agarradas como estão a tradições e comodidades, fazem uma guerra se lhes tiram a Missa ao pé da porta e não se lhes importa que, no mesmo país, haja concelhos onde existe um só padre!
Muitas comunidades ainda não se desclericalizaram. Vivem na dependência do padre como os pintos da galinha... Disponíveis para exercer os vários serviços laicais? Não. Abertos a novas formas de trabalho pastoral onde cada baptizado se sinta um enviado? Não. Mesmo os Diáconos Permanentes não são bem aceites em todo o lado...
Também aos sacerdotes e diáconos se exige hoje esta abertura para a partilha.
Muitas vezes penso para os meus botões: "Os ministros ordenados que fazem vida na diplomacia, se amontoam em Roma e nas principais cidades, não seriam muito mais úteis no terreno?"
Também as ordens religiosas certamente precisam de tomar consciência que o campo de missão não está só para lá do Atlântico...
Que o Senhor da Messe inspire e mova pelo Espírito que renova a Igreja actual. Para que a caridade "comece em casa".

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