terça-feira, 1 de maio de 2018

DIGNIDADE DOS TRABALHADORES


A exemplo do que acontece noutros países, também os portugueses param para viver a festa dos trabalhadores, no primeiro dia de Maio, recordando as lutas sociais e a repressão sangrenta que nesse dia, em 1886, aconteceu nos EUA.
A Igreja não poderia deixar de participar nesta jornada. Por isso, em 1955, Pio XII instituiu a festa de S. José Operário, convidando à dignificação do trabalho e de todos os trabalhadores, bem como à contemplação de José, aquele a quem Deus confiou Jesus.
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E José nem será uma referência se atendermos apenas à performance do trabalho por muitos defendida: o mais rápido, o mais forte, o que ultrapassa os outros. Na carpintaria de Nazaré estamos longe do culto da competitividade, dos objectivos sobre-humanos, da idolatria da carreira, do êxito profissional a todo o custo… Isso levaria apenas ao stress ou às intermináveis horas suplementares nem sempre pagas, com as consequências negativas desse modo de vida profissional: famílias abandonadas, ausência face aos filhos, desgaste e perda de saúde, depressões… Uma carreira profissional merecerá tais sacrifícios? No fim, o que fica?
Os evangelhos dizem pouca coisa sobre José e, ele próprio, nada diz. Mas adivinhamos facilmente que ele faz o seu trabalho, sem correrias, obcecado com o sucesso ou o lucro. José é um trabalhador comum, “um bom pai de família”, no que isso tem de mais simples. Educou Jesus, ensinou-lhe a sua profissão, proporcionou-lhe uma existência tranquila, não particularmente rica, mas não necessariamente pobre. Um modelo pacífico e acessível, muito longe do culto da performance dos tempos modernos.
A idolatria do trabalho é a antítese do trabalho tal como o exemplifica S. José. O trabalho é alegria e sofrimento, serviço da comunidade e aproximação de Deus: eis o que podemos aprender na escola de Nazaré.
Fonte: aqui

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