sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Violência a rodos na sociedade...

As televisões têm mostrado casos de violência. A violência é sempre grave. O ser humano não é nenhum relógio de sala antigo que recebe constantemente as "porradas" do pêndulo...
Em Coimbra, no meio da rua; em Lisboa, à porta de uma discoteca; noutros locais, nas mais diversas situações...
Dirão alguns que violência sempre houve. De antigamente ficaram conhecidas certas festas e feiras pelos ajustes de contas que aí se faziam. E até era usual as pessoas, entre desentendimentos, prometerem: "Lá vais à festa tal ou à feira tal e lá 'falamos'...". Queria isto dizer que nessa ocasião se ajustavam as contas. Mortes, facadas, tiros, luta corpo a corpo, pauladas...
Só que nesse tempo não havia as possibilidades técnicas que hoje há a nível de comunicação. Os casos não eram filmados nem divulgados.
Atualmente tudo se sabe quase no mesmo instante. E se há quem ache que a divulgação da violência gera violência, também há que pense que  tal divulgação inibe a prática da violência porque expõe os seus autores.
A justiça e os casos de justiça são hoje analisados, destrinçados, opinados, nas televisões que lhes dedicam largos espaços que, penso, exagerados.
A desestruturação familiar; a ausência de uma educação para os valores, não só, mas sobretudo na família;  a tendências de certas forças políticas e sociais para desculpabilizar os violentos; a falta de respeito pelo valor sagrado da vida humana; a visão do outro, não como uma pessoa, mas como uma coisa que agrada ou desagrada; o culto do egoísmo e do egocentrismo; a ausência de Deus em tantas vidas; o materialismo e relativismo reinantes... Tudo concorre para que a violência assente tenda no mundo contemporâneo. 
Assaltos, roubos, agressões, mortes, violência familiar, insultos, exposição do outro, infâmias, calúnias, mentiras, prazer mórbido em relatar e expor os "podres do outro"... E reparem, não são os meios de comunicação social, que fazem destes temas o seu forte, que são os que têm mais audiências??? Então, como consumidores de comunicação, também temos a nossa responsabilidade.
Terá o mundo que ser violento? NÃO. Tudo é possível com a paz; nada se consegue com a guerra e as guerras...

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