É sempre assim. Quem vende acha sempre barato. Quem compra acha sempre caro.
Ouve-se muitas vezes que os preços das casas e dos terrenos nesta região estão demasiado elevados em relação aos rendimentos dos possíveis compradores. "São preços à moda de Lisboa, mas isto não é Lisboa", comenta-se.
Sim, também nos parece que os preços pedidos estão longe da realidade económica local. Muito elevados, no geral. Esta nossa região não é o Porto, muito menos Lisboa, e ainda menos Paris, Berlim ou Londres.
Se a casa à venda é para demolir e reconstruir, paga-se três vezes: espaço, demolição, reconstrução. Se a casa é para conservar, mas exige obras de conservação e melhoramentos, ao preço da habitação há que acrescentar o dos referidos melhoramentos - isolamentos, aquecimento, vidros duplos, etc, etc. E quem vende nem sempre - poucas vezes - tem em conta estes factores de encarecimento da casa.
Com os terrenos passa-se algo de semelhante. Se são terrenos agrícolas, não se tem em conta que a agricultura está pelas horas da morte; se são terrenos para construção, não se pondera que o elevado custo dos mesmos encarece imenso a obra.
Compreendendo as razões de quem vende, há que ser realista pôr os pés no terreno desta região...
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