sexta-feira, 12 de agosto de 2011

MUDA O ESTILO, MANTÉM-SE O RESTO

Prometeram-nos um Governo diferente e ele aí está.

O estilo é, de facto, muito diferente: mais comedido, menos vistoso, menos mediático, menos crispado.

Era impensável, aqui há tempos, um ministro das finanças marcar uma conferência de imprensa para as nove da manhã.

Estávamos habituados aos directos das oito da noite, a hora nobre dos telejornais.

Quanto ao resto, permanece tudo na mesma.

A troika está contente com o desempenho de Portugal e o prémio é...a continuação da austeridade!

Desta vez, é o gás, a luz e a água que vão ficar (ainda) mais caros.

Quanto à prometida redução da despesa do Estado, teremos de esperar.

O responsável pela situação (o Estado) lá vai impondo sacrifícios às vítimas da referida situação (os cidadãos).

Quem impõe sacrifícios vai prometendo que também os vai fazer. Mas, para já, só promessas e alguns sinais.

Quando acabará o pesadelo? Quando iremos pôr a país a crescer? Quando mudaremos de paradigma? Quando incrementaremos a solidariedade? Quando deixaremos de nos submeter aos mercados?

E quando inverteremos, de vez, a relação entre o Estado e as pessoas? É o Estado que está ao serviço das pessoas ou são as pessoas que estão ao serviço do Estado?

No limite e se tudo correr bem, teremos um Estado rico e uma sociedade pobre. Com algumas ilhas de riqueza pelo meio...
 
Fonte: aqui

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