segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Até Barca de Alva

Na tarde tórrida deste domingo, acedendo a um convite amigo de uma família desta Paróquia, acompanhei-a num agradável passeio até Barca de Alva.
Depois de Moimenta da Beira, Sernancelhe, Penedono, Mêda, Vila Nova de Foz-Côa, estacionámos em Moncorvo para almoçar que o adiantada da hora já fazia moça estomacal, mormente nas crianças. Todos apreciámos o local, a refeição e a gentileza do pessoal que nos atendeu.
Depois de uma visita à bela Igreja local e de um passeio pela parte mais antiga do povoado, partimos para Freixo de Espada à Cinta onde, junto ao Douro, admirámos um agradável local de veraneio. Ali os bengalôs, as piscinas, o aproveitamento do rio, conjugados com a eloquência geográfica, conferem ao ao turista um local privilegiado de descanso.
Passámos em seguida por Barca de Alva (que saudades dos tempos em que o altifalante da estação de São Bento anunciava: "O comboio com destino a Barca de Alva encontra-se na linha 4..."). Em que estado se encontra aquela linha! Não seria importante pô-la a funcionar nem que fosse só para fins turísticos? Não merecia a região e os turistas esta atenção dos governantes? É que actualmente o comboio vai só até ao Pocinho.
Aqui, atravessámos a fronteira e fomos a Espanha tomar uma bebida para nos dessedentarmos face a canícula que nos atormentava. Além disso, conferimos ao passeio uma dimensão internacional... Ahahahahah...
Seguimos depois por Figueira de Castelo Rodrigo, Almendra, Vila Nova de Foz Côa, casa.

 Impressões:
- Óptima companhia daquela família amiga, gentil, atenciosa, delicada. As crianças foram espectaculares. Nada esquisitas na refeição, sem reguilices, nem amuos. Sempre felizes, pese embora o calor e os muitos quilómetros andados.
- A beleza eloquente do Douro superior. Alguma aridez paisagística não esmorece, antes realça a majestade da natureza.
- A eloquência dos vinhedos. Aquelas terras xistosas produzem, por bondade da natureza e pelo esforço do homem esse néctar único a que impropriamente se dá o nome de "Vinho do Porto."
- A pouca procura turística, mesmo num domingo e em pleno período de férias. Pouquíssima gente a circular pelas estradas, normalmente em bom estado de conservação.
Parece que os portugueses preferem o buliço e a confusão stressante do litoral à serenidade calma e eloquente da paisagem do Douro superior. Parece que continuamos a reduzir Portugal a uma faixa de 20 km junto ao mar...
Há um país fantástico à espera de se dar a conhecer aos portugueses que só lucrariam em o explorar.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.