quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Porque não aparecem as pessoas?


É esta uma constatação hodierna. As pessoas, por norma, têm pouca predisposição para reuniões.
Falam desta ausência políticos, grupos, movimentos, associações, a Igreja e outras instituições.
Claro que não nos referimos a reuniões obrigatórias. Apenas àquelas para as quais as pessoas são convidadas.
Num tempo em que tudo passa a correr, encontros longos, aborrecidos, em que se fala, fala, mas nada ou pouco se decide e é levado em conta, desmotivam e afastam.
Reuniões quase só centradas no "chefe" em que um debita o que entende e os outros ouvem (ou quase só ouvem), não motivam.
Reuniões "recadeiras" em que se aproveita a presença das pessoas para enviar uns tantos "recados", também afastam.
Num tempo marcadamente individualista, em que a componente social e comunitária está nitidamente subalternizada, as pessoas sentem menos propensão para reuniões e encontros.
Atualmente valoriza-se muito mais o encontro pessoal e personalizado do que as reuniões. Num "face to face", humanizado e amigo, caminha-se muito mais, ajuda-se mais, motiva-se melhor.
Mas as reuniões não são precisas? Claro que sim. Muito. Também estas precisam de atualização na maneira como são realizadas, nas dinâmicas, nos processos.
Quando os responsáveis - sejam quais forem - convocam reuniões e as pessoas não aparecem ou poucas aparecem, não basta culpá-las pela não comparência, mesmo reconhecendo a verdade de alguns argumentos apresentados. Antes de mais, quem convoca as reuniões tem que se questionar honestamente pela não vinda dos convocados. Onde falhámos? Que deveríamos mudar e não mudamos? Quem afasta pessoas? Que deveria ser feito para que os convocados se sentissem bem e integrados, participantes, levados a sério?

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