Gestos que nos enlevam; gestos que nos trazem apreensão

Numa guerra, quem apoia é mais importante do que a própria guerra

Um enfermeiro havia dado uma entrevista a um página do Feceobok da sua terra natal.
Passados alguns dias, aquela gente une-se, mobiliza-se, produz e faz chegar ao Hospital onde este profissional trabalha vários EPIs - Equipamentos de Proteção Individual.
 A emoção daqueles profissionais, a sua satisfação e gratidão foi a melhor forma de reconhecer tão nobre ato das pessoas envolvidas - familiares, amigos, conterrâneos, Junta, empresas.
Numa guerra, quem apoia é mais importante do que a própria guerra.
Esta pandemia tem-nos mostrado, a todos os níveis, como é bela e criativa a generosidade dos portugueses. Nas horas difíceis, eles estão lá, apoiando de forma decidida e eficaz os que estão nas diversas linhas da frente.
Assim não há pandemia que nos impeça o direito de sonhar e vencer.

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São mesmo muito perigosos!

Entre os inúmeros vídeos, gifs, imagens, mensagens estereotipadas e transmitidas em série que diariamente invadem o messenger do Facebook, houve um vídeo que realmente prestei alguma atenção. Confesso que, por norma, estas coisas que invadem o messenger são eliminadas sem ler. Se for uma mensagem pessoal ou pessoalizada, aí, sim, dou toda a atenção.
Pois o referido vídeo deixou-me apreensivo. Uma linguagem baixa, grosseira, desbragada. Um populismo raso para agradar aos mais incautos. Um ataque feroz e guerreiro a tudo o que se mexe - instituições, pessoas - que não caem dentro da simpatia dos radicais.
Veio-me tanta vez à mente o texto atribuído a Bertold Brecht: "Primeiro levaram os negros Mas não me importei com isso, eu não era negro. Em seguida levaram alguns operários, mas não me importei com isso, eu também não era operário. Depois prenderam os miseráveis, mas não me importei com isso, porque eu não sou miserável. Depois agarraram uns desempregados, mas como tenho meu emprego, também não me importei. Agora estão me levando, mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo."
Quando ouvia falar da extrema-direita em Portugal, não dava importância ao facto, pois essa tendência política era praticamente inexistente entre nós. Contudo, após as últimas eleições, passei a estar mais atento..
A extrema-direita está aí, pronta a explorar as debilidades da situação nacional, populista e apta a envolver os mais emotivos, incautos, desiludidos e desprevenidos. Se chegam ao poder ou ganham influência, são uma tragédia para o povo. 
É tempo de agir, estando preparados e vigilantes. Essa gente é mesmo muito perigosa. As suas denúncias parecem ter razão para cativar. Depois, drogadas pelos seus discursos, usam as pessoas e manipulam-nas até à escravidão.
Não, não é exacerbação. É mesmo verdade. Vejam a História e recordem como o nazismo se implantou e a desgraça mundial que desencadeou...