sexta-feira, 17 de abril de 2020

Fanatismo religioso dos políticos

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Fanatismo religioso na classe política era coisa que dispensávamos. As liturgias laudatórias no 25 de abril e as procissões seculares no 1 de maio. Esta gente tem mesmo muita fé!
(Amaro Gonçalo)

Sou dos que dizem, por convicção: "25 de Abril sempre!"
Penso que o bom senso deveria abater fanatismos políticos... Celebrar desta forma Abril é ser contra Abril. O encontro de muitas pessoas juntas, em Período de Emergência, está vedada aos cidadão
s. Mas os políticos podem!!! Se alguma coisa Abril nos trouxe foi a igualdade de todos perante a Lei, o fim de privilégios.
As entidades policiais intervieram porque nesta ou naquela Igreja se celebrava Missa com meia dúzia de pessoas ou porque em certos lugares de se deu a Cruz a beijar em Dia de Páscoa. E muito bem.
Será que vamos ver as mesmas autoridades policiais a intervir quando, em 25 de abril, se reunirem dezenas de pessoas na Assembleia da República ou quando em 1 de maio dezenas de pessoas desfilarem pelas ruas?

Claro que a culpa não é dos agentes policiais. É de quem manda...
Com raríssimas excepções - logo exploradas até ao tutano pela comunicação social - a Igreja tem tido um comportamento cívico digno de uma cidadania assumida. Antes do estado de Emergência, já estavam suspensas as Missas com a participação da comunidade. Prescindiu de celebrações comunitárias na Semana Santa e Páscoa - o tempo mais importante do calendário cristão. Anunciou já que o 13 de maio será celebrado sem público. Lembremos que é o acontecimento religioso que mais pessoas movimenta anualmente. 
E os políticos? Não prescindem de celebrar as suas datas importantes com dezenas de pessoas... Que falta de cidadania, senhores políticos! Depois queixem-se do crescimento da extrema-direita... A vossa falta de cidadania é o empurrão que o extremismo precisa..

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