segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Recordações das férias

Estive uns dias de férias. Agradeço a colaboração do P.e Zé Guedes que, estando num tempo de descanso do seu labor missionário, colaborou no serviço paroquial.


A Família

Este ano fui de férias com familiares meus. Foram momentos muito interessantes de convívio, partilha, brincadeira, empatia.
Agradeço-lhes o carinho, o acolhimento, a gratuitidade.


Os Livros

Em férias, gosto de leituras leves, que enriqueçam distraindo.
Estes três foram os companheiros do tempo de descanso.
OS GRANDES MISTÉRIOS DA IGREJA
Ao longo dos séculos, a história da Igreja tem sido marcada por episódios polémicos, situações enigmáticas, experiências estranhas e personagens controversas. Há ainda muitos mistérios por esclarecer, mas o Antigo e o Novo Testamento contêm algumas respostas às principais inquietações dos crentes e não crentes. De facto, é precisamente nas Escrituras que se encontram respostas a dúvidas fundamentais: Quem é Deus? E o diabo, existe? Existem outras formas de vida além das que se encontram na Terra? Que segredo esconde Fátima? Os grandes mistérios da Igreja parte da análise dos principais textos sagrados e de uma profunda pesquisa da história da Igreja para dar resposta a estes e outros mistérios que têm perdurado ao longo do tempo.
IRRESPONSÁVEIS
Um livro polémico. Um autor que ataca os poderes instalados.
EQUADOR
Quando, em Dezembro de 1905, Luís Bernardo é chamado por El-Rei D.Carlos a Vila Viçosa, não imaginava o que o futuro lhe reservava. Não sabia que teria de trocar a sua vida despreocupada na sociedade cosmopolita de Lisboa por uma missão tão patriótica quanto arriscada na distante ilha de S. Tomé. Não esperava que o cargo de governador e a defesa da dignidade dos trabalhadores das roças o lançassem numa rede de conflitos de interesses com a metrópole. E não contava que a descoberta do amor lhe viesse a mudar a vida.


A Praia

Acima de tudo é uma necessidade que o médico me recomenda por causa dos ossos.  
Embora praticamente não saiba nadar, faço o exercício físico dentro de água que me é recomendado.
Só que a 2ª quinzena de agosto trouxe ao Algarve uma água normalmente fria, pouco recomendável, que magoava quem nela se atrevia a entrar. Pelo menos na zona onde estive.
Peguei o vício das caminhadas pela praia aos meus familiares. Assim, de manhã e de tarde lá largávamos alguns de nós pela extensa praia, o que tornava tais passeios ainda mais interessantes.
Por norma, o tempo esteve quente sem ser abrasivo. As noites suaves convidavam a sair de casa e a deambular por entre a multidão.

Algumas vezes saímos à noite para conhecer outras localidades à volta.
Gostei da Feira Medieval em Castro Marim. Um mundo de gente , o colorido, os  cheiros e paladares, a música, os jogos e danças, as tascas a abarrotar...
Achei Tavira uma cidade muito interessante e gostei de passar por Vila Real de Santo António, Monte Gordo e outras sítios. Não faltou uma tarde  em praias  de Espanha e uma noite em Ayamonte onde se viam portugueses sem conta.


S. João da Degola
Na Eucaristia do dia 23 de agosto em Cacela, o pároco anunciava a festa do São João da Degola a 29 de agosto em  Manta Rota, povoação da freguesia. E explicou que a denominação popular da festa tem a ver com o martírio de S. João Batista que foi mandado degolar na prisão por Herodes.
O referido pároco apelou à generosidade e colaboração das pessoas tendo em vista a construção de um capela em Manta Rota, que o turismo fez crescer imenso, mas onde não existe um espaço sagrado.
Como me revi neste apelo! Parecia que estava a ouvir-me a mim próprio. De repente, viajei a Tarouca e aos apelos em favor do Centro Paroquial...
Ao sair, estavam às portas do templo pessoas a recolher ofertas para a construção da tal capela. Embrulhado na ideia do Centro Paroquial, nem prestei atenção. Só que não me senti bem. Voltei atrás e entreguei a minha oferta. Só merecemos ser ajudados quando ajudamos. E experimentei então uma paz e uma alegria interiores que me enchiam a alma. É que, como diz São Francisco, a felicidade está mais em dar do que em receber.
Em 29 de agosto, 11 horas, teve lugar o chamado "banho santo". Em outros tempos, quando o mar era só para os pescadores, as povoações algarvias desciam da serra, montadas nos burros e cavalos, e vinham banhar-se ao mar, mantendo a crença de que aquela banho as protegia de doenças pelo ano fora. Após o banho, comiam no areal a merenda e faziam a festa.
A tradição mantem-se, só que hoje no meio de um mar de turistas. E lá chegaram elas em combinação e eles em ceroulas para o banho a que se seguiu o convívio num espaço cercado no areal, perante a explosão de água na boca dos turistas que, fora do cercado, contemplavam o arama dos petiscos.
Convém acrescentar que o "banho santo" tem a ver com o facto de S. João batizar no rio Jordão.
Pelas 19 horas teve lugar a Eucaristia no palco do recinto das festas. Estava um bom grupo de pessoas a participar.
A justificar a celebração da Eucaristia naquele espaço, o pároco falou da alegria de Deus, dizendo que um dos maiores pecados dos cristão é não serem alegres.


Os cães
Apesar da proibição estampada nas entradas para a praia, nunca vi tanto cão na praia como este ano. Uma situação a merecer a atenção das autoridades...
Não me apercebi de algum ataque canino, mas certamente não será elogiável a presença dos simpáticos bichos num espaço como aquele. A começar por motivos higiénicos e de saúde.
Mas até gostei de muitas cenas que presenciei. E com algumas ri-me à farta. Desde aqueles que não conseguiam entrar na água até aos que estavam sempre prontos para irem a banhos. E o que eles se espolinhavam na areia após cada molhadela! Resultado, mais um banho para tirar a areia...

As famílias
Nunca vi uma praia tão familiar como esta. Como nunca vi uma praia com tantos idosos e limitados fisicamente. E quanto carinho vi nos gestos de tanta gente! Desde aquele miúdo (talvez 10 anos) que levava a sua avô pela mão para esta ir molhar os pés na água, até àquele pais que levava o filho adolescente com clara deficiência pela praia fora, suportando o peso do filho...
Sobretudo a alegria de tantas famílias juntas. Conversas, passeios, jogos, brincadeiras, lanches... Graças a Deus pelo dom de tantas famílias felizes.


O Alentejo, Alqueva e Alpiarça





No regresso, gosto de vir pelo interior alentejano e os meus familiares fizeram-me a vontade.
A Alentejo encanta-me. Aquelas planícies a perder de vista, aqueles horizontes sem estacas, libertam-me, ampliam-me, fazem sonhar.
E depois aqueles povoados com a casas baixas, brancas, com as ruas limpinhas, são muito especiais.
Vinhedos e olivais a perder de vista, uma afirmação de agricultura moderna, seduzem para um futuro com sentido.
Jamais passara por Alqueva. Gostei de ver o maior lago artificial da Europa. Tanta água num Alentejo ressequido onde os montes "pedem a Deus a bênção de uma gota de água".
Depois do almoço em S. Mansos, passámos ainda, embora por apenas uns minutos, em Alpiarça. Após 11 horas na estrada, chegámos a casa de meu pai com o qual jantámos. Depois.... Cada um para seu lugar porque no dia seguinte o trabalho esperava. 

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