quarta-feira, 30 de julho de 2014

Errare humanum est

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Ouve-se a cada passo esta afirmação: "Não me arrependo de nada que fiz. Se voltasse atrás, voltava a fazer tudo na mesma."
Ainda ontem vi na TV uma entrevista a Otelo Saraiva de Carvalho. O jornalista perguntou-lhe a determinada altura se estava arrependido de alguma coisa que tivesse feito na sua vida. A resposta foi que não.
A  mim custa-me a admitir que uma pessoa não reconheça que nalguma parte da sua vida não tenha feito algo de errado ou algo de que não tenha que se arrepender.
Mas há egos maiores do que o Himalaias! Ou consciências tão petrificadas que perderam qualquer sensibilidade ao remorso.
Não é mal nenhum nem causa qualquer obstipação à personalidade reconhecer que houve ocasiões no passado em que não se esteve bem, coisas que não gostaríamos de ter feito, dito, sentido ou pensado. Afinal errare humanum est. Como é humano ter a humildade e a dignidade de reconhecer os erros. É salutar.
Pessoalmente não me causa qualquer dano psíquico reconhecer que há coisas que estiveram menos bem no passado e que se voltasse atrás tudo faria para estar melhor.

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