quarta-feira, 13 de julho de 2011

Respeitar QUEM sempre nos respeita

" As coisas santas tratam-se santamente."

"Graças a Deus, muitas! Graças com Deus, nenhumas!"

1 comentário:

  1. ...Vem do latim respectare, que significa olhar para trás e estar à espera. É uma atitude que consiste em não prejudicar alguém ou uma coisa. Por exemplo, respeitar o bem dos outros, a liberdade alheia, as tradições e as crenças. O contrário do respeito é o desprezo, a impertinência e a insolência.
    Quer isto dizer que tolerar não é amar, nem tão pouco, apreciar. Tolera-se aquilo de que não se gosta, mas que se é obrigado a aceitar e, na melhor das hipóteses, a compreender, para evitar o conflito e a violência. Estamos perante um valor necessário e importante, mas muito insuficiente. Seria um valor suficiente, caso a nossa vida ética se limitasse ao cumprimento dos deveres, ao respeito pelos contratos e ao respeito pela regra de ouro, ou seja, da máxima "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti". A tolerância é um valor estruturante do campo social da ética, ou seja do processo de ordenação e de hierarquização dos valores que norteiam o nosso relacionamento com os outros, com os grupos e com a sociedade. Não é, no entanto, um valor estruturante do campo pessoal da ética, ou seja, do processo de hierarquização dos valores que norteiam e ordenam as prioridades da nossa vida. Comparada
    com o respeito, a tolerância não passa de uma valor de resistência, o qual não pode deixar de ocupar uma posição subordinada ao respeito. Ou seja, embora o respeito implique um uso equilibrado, isto é sem excesso e sem defeito, da tolerância, com o respeito estamos perante um valor activo, profundamente abrangente, estruturante tanto do campo pessoal como do campo social da ética e mobilizador de uma ética máxima norteada pela finalidade culminante do amor.
    A tolerância obriga a respeitar a regra de ouro: "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti". Neste sentido, estamos perante uma ética do dever, deontológica portanto, que se limita a evitar fazer mal aos outros. Trata-se de uma polaridade meramente passiva.
    O respeito, ao invés da tolerância, carrega uma polaridade activa, marcada pela preocupação com os outros e na qual vem impressa a indelével marca do amor. Neste caso, a máxima "abstém-te de fazer mal os outros" não é suficiente, porque ela é governada pela passividade. Ora, o respeito é governado pela actividade e é, por isso, que a máxima que melhor se lhe aplica é "ama o próximo como a ti mesmo". É, por isso, que o respeito constitui uma virtude estruturante de uma ética do amor e da benevolência, de uma ética marcada pela mensagem e pela palavra de Jesus Cristo. O respeito é, portanto, uma virtude intermédia na longa e difícil travessia em direcção ao cume da vida ética: o amor......

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