sexta-feira, 15 de julho de 2011

Depois da festa

Com a economia de rastos e a notação da República no lixo, soubemos esta semana que os exames nacionais do ensino básico não foram, digamos, famosos.

A Matemática e a Português os resultados são os piores dos últimos anos – e os piores, atente-se, porque houve um ‘ajustamento do nível de exigência’. Engraçado: para explicar o naufrágio, culpa-se a exigência. O que, de certa forma, faz sentido: enquanto os exames eram a brincar, Portugal avançava nas estatísticas internacionais. Mas bastou subir um pouco a fasquia e adaptar as perguntas à espécie ‘homo sapiens’ para que a fraude viesse à tona.
Verdade que, para sermos justos, os alunos não são culpados de nada. Culpados? Pobrezinhos: eles apenas foram atirados para a carroça colectiva que, nos últimos anos, foi avançando alegremente por um país imaginário – na economia, nas finanças e, claro, no ensino. Agora que a festa acabou, chega a factura: uma dívida colossal e uma geração analfabeta.
João Pereira Coutinho, aqui

1 comentário:

  1. Esta é realmente a nossa realidade. Somos analfabetos sim, mas muitos com diploma das novas oportunidades.

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