domingo, 26 de julho de 2020

“Síndrome de Noé”

Síndrome de Noé”
É o nome que os psiquiatras lhe dão.
É a pandemia do século XXI.
Desconhece latitudes.
Dormem com eles na cama,
beijam-nos na boca e comem do mesmo prato...
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O amor incondicional aos animais domésticos, quase exclusivamente dirigido aos cães e aos gatos, está a alterar os comportamentos de uma forma, que já levou o Papa Francisco a censurá-los com palavras ásperas...
As multinacionais do “bem estar animal”, sejam as que produzem as rações ou as que vendem os champôs e a parafernália toda, esfregam as mãos de contentes, com o tilintar das caixas registadoras.
Perdeu-se completamente a noção das prioridades.
Um velho caído no chão deixa-os completamente indiferentes...
Um gato que subiu a uma árvore, mobiliza uma multidão para o salvar...
Num bairro de barracas onde sobrevivem crianças, com esgotos a céu aberto, voltam a cara para lado…
Um canil com más condições, provoca manifestações de protesto com ameaças e agressões…
Um lar de idosos onde os velhos morrem de CoVid, é notícia de rodapé nas TVs e breves comentários nas redes sociais…
Um cão perigoso que matou uma criança, desperta no Facebook campanhas lancinantes e histéricas de solidariedade para o salvar do abate...
Em cada aldeia, vila ou cidade “nascem” associações de proteção de gatinhos e cãezinhos, na mesma proporção em que fecham lares de idosos, por não haver interessados para tratar dos avós...
Repetem até à exaustão as frases mais estúpidas:
“quanto mais conheço os homens mais gosto dos animais”...
“choro a morte do meu cão como não chorei a da minha família”
“Os velhos podem ir pedir ajuda à Segurança Social, os cães não…”
Ainda ontem as tvs mostraram os protestos e a recolha de “bens” em todo o país..
As multinacionais da alimentação animal, “criam” e financiam partidos e associações, promovem campanhas, fazem publicidades milionárias, obtêm milhões de lucro, aproveitando-se da ingenuidade, da candura, da boa fé das pessoas e desta cultura animalista doentia...
O Facebook está inundado de “pedidos de ajuda” para cães e gatos, canis e gatis, que enchem os cofres das multinacionais, aproveitando-se da tontice destes incautos “amiguinhos dos animais”, mas muito distraídos em ajudar os humanos que lhes deram vida...
Grupos violentos com nomes como “Ira”, propõem-se invadir propriedades e atacar pessoas, se os canis dos animais - que já não podem ser abatidos pela lei estúpida aprovada na AR em 2016 - não tiverem ar condicionado e paredes almofadadas…
Síndrome de Noé, lhe chamam...
Autor: Varela de Matosaqui
Notas da nossa parte:  
1. Gosto de animais e sempre gostei. Não tenho nenhum, mas os cães dos meus amigos gostam de mim. Os animais têm como que um sexto sentido que os levam a intuir quem realmente os estima...
2. Alinho pela maneira de estar, de pensar e de sentir de São Francisco de Assis: ele amava as pessoas e gostava das demais criaturas.
3. Concordo em absoluto com o Papa Francisco:  “Quantas vezes vemos gente que cuida de gatos e de cachorros e depois deixa sem ajuda o vizinho ou vizinha que passa fome?”
“Não se pode entender a compaixão com os animais, enquanto se fica indiferente perante o sofrimento do próximo”.
4. Não alinho é nesta "cultura animalista doentia" que venera animais, mas é insensível ao sofrimento humano... Se ao menos pugnasse tanto pela dignidade humana como pugna pelo bem-estar animal...

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