Uma certa esquerda - e não só - em conjugação ou com infiltramento de certos lobbies mais ou menos secretos mas poderosos, julga-se a consciência cívica da sociedade e a vanguarda da civilização.
A "alma do povo" interessa-lhe pouco, porque a julgam empoeirada e coarctada por velhos preconceitos e questões míticas. Por isso lhe interessa deitar abaixo, cortar pela raiz tudo isso. Campo limpo para a nova sementeira de propostas "progressistas". Julga-se o garante do "progresso civilizacional".
Vejamos:
- A vida humana conta pouco. Daí a tentativa de legalizar o aborto, a eutanásia, as "barrigas de aluguer"...
- A religião é empecilho. Por isso se explora ad nauseam qualquer falha dos cristãos, se proíbe qualquer presença da simbologia cristã em espaços públicos, nem que seja a presença de um crucifixo numa sala de aulas, se criam empecilhos à ação dos cristãos, claro, sempre debaixo da "saia" para não dar nas vistas.
- A família tradicional contraria os seus propósitos. Então combate-se ou dificulta-se a família, exaltam-se estilos alternativos, legaliza-se o "casamento homossexual", favorece-se a adopção de crianças sem pensar nas mesmas , desinveste-se na aumento da população, esquece-se o interior, porque juntas e desenraizadas as pessoas são mais facilmente manipuláveis…
- A autoridade contraria a "nova ordem". Por isso entre o polícia e o ladrão, certa esquerda está do lado do ladrão, os polícias são sempre maus. Chamar a atenção e corrigir é simplesmente repressão, seja na família, na escola, na sociedade.
- O endeusamento dos animais. Tudo o que proteja e defenda a vida dos animais contrasta com o pouco interesse com a promoção da vida das pessoas. Se maltratas um cão, estás tramado; mas se matas uma criança no ventre materno ou um doente em fase terminal, aí tens a protecção da lei.
- É esbanjista. Interessa-lhe muito mais distribuir do que produzir. Como se fosse possível dar o que se não tem. O Estado deve gastar "à tripa forra", as dívidas ou não se pagam ou sobram para a geração futura.
Estas ideias têm larguíssima difusão na comunicação social, em vários tons e módulos. O povo pode não compreender ou não ter acesso à sua contestação. Mas tem as redes sociais, hoje ao alcance de todos. E tem o voto onde é, felizmente, absolutamente soberano.
Esta mentalidade cria assim o campo de cultura para o surgimento de movimentos e personalidades extremistas a um ritmo inquietante e perigoso. Trump e Bolsonaro são apenas dois exemplos.
Mas Portugal está longe destes extremismos. Para já sim e ainda bem. O comboio transcontinental do extremismo acabará por chegar se não arrepiarmos caminho. Como a este país as coisas chegam sempre tarde, não quer dizer que estejamos isentos.
Não desprezemos nem ofendamos a "alma do povo"!
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