Depois do avião que o transportou ter aterrado em Monte Real, onde foi saudado pelos mais altos dignatários da Nação, foi de helicóptero até ao campo de Futebol do Fátima (agora Estádio Papa Francisco) e dali em papamóvel até ao Santuário, sendo aplaudido pela multidão à passagem.
Na Capelinha das Aparições, diante da Imagem da Virgem, após um templo de silêncio que a multidão acompanhou, fez uma oração a Nossa Senhora de que ressaltamos:
“Peregrino da Paz que neste lugar anuncias, louvo a Cristo, nossa paz, e para o mundo peço a concórdia entre todos os povos”.
“Seremos, na alegria do Evangelho, a Igreja vestida de branco, da alvura branqueada no sangue do Cordeiro derramado ainda em todas as guerras que destroem o mundo em que vivemos”.
“Percorreremos, assim, todas as rotas, seremos peregrinos de todos os caminhos, derrubaremos todos os muros e venceremos todas as fronteiras, saindo em direção a todas as periferias, aí revelando a justiça e a paz de Deus".
Após o jantar na Casa de Nossa Senhora do Carmo, em privado, Francisco surgiu uns minutos antes do previsto, pelas 21h00, de papamóvel, no recinto do Santuário de Fátima, tendo descido do veículo pouco depois de passar diante da Basílica da Santíssima Trindade.
O percurso a pé até à Capelinha das Aparições foi a surpresa do dia, colocando o Papa mais perto dos peregrinos que o acompanhavam e que ele próprio foi cumprimentar.
Na bênção das velas, que antecedeu a oração do rosário com os peregrinos, Francisco lembrou os “desterrados” e “excluídos” da sociedade contemporânea.
O Papa defendeu ainda uma “revolução” centrada na misericórdia e no perdão, convidando os peregrinos a questionar se a sua visão sobre a Virgem Maria é a de uma “mestra da vida espiritual”.
“Possamos, com Maria, ser sinal e sacramento de misericórdia de Deus, que perdoa sempre, perdoa tudo”.
“Nela [Virgem Maria] vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes, que não precisam de maltratar os outros para se sentirem importantes”.
“Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e em todo o caso o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia”.
o papa interpelou diretamente os fiéis, questionando-os sobre com qual "Maria" peregrinam.
"A Bendita por ter acreditado (...) ou (...) a 'Santinha' a quem se recorre para obter favores a baixo preço?", questionou o Bispo de Roma, para quem os cristãos devem ser, antes de mais, "marianos".
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