Rainha e mãe do primeiro imperador
cristão, Constantino Magno ou Constantino, o Grande.
É invocada contra o trovão e o
fogo.
É a padroeira dos abandonados, dos pintores e
fabricantes de agulhas.
Flávia Helena, mais tarde Santa
Helena, nasceu na Bitínia (uma parte da actual Turquia asiática), no seio de
uma família modesta, por volta do ano 249. Com pouco mais de 20 anos de idade,
casou-se com o centurião romano Constâncio Cloro de quem teve um filho,
Constantino.
Constâncio foi feito César em 293 e
divorciou-se de Helena, casando com Teodora, filha do imperador Maximiliano.
Com a morte do pai, Constantino foi
proclamado imperador (312) e nomeou a mãe Augusta ou Imperatriz.
Quando Constantino iniciou uma guerra
civil contra Maxêncio (ou Magêncio) na disputa do trono romano, ele e sua mãe
ainda eram pagãos, embora não apoiasse à perseguição aos cristãos.
As forças do adversário eram maiores,
mas Constantino teve uma visão em que apareceu no céu uma cruz luminosa com a
inscrição “Com este sinal vencerás”. Mandou pintar bandeiras com o sinal e
venceu a batalha. Convertidos ao Cristianismo, foi decretada a suspensão
imediata de qualquer perseguição aos cristãos, pelo famoso Édito de Milão
(313).
Em 324, o imperador Constantino
declarou o Cristianismo como a única religião oficial do Império Romano.
Zelosa seguidora do Cristianismo,
Helena, já septuagenária, decide deixar Roma para fazer uma peregrinação à
Terra Santa (325-326).
Durante a sua estada, fundou igrejas
sobre alguns supostos lugares relevantes da vida de Jesus. Supervisionou a
construção de magníficas igrejas em Jerusalém e Belém, inclusive as igrejas da
Natividade e do Santo Sepulcro e a Basílica da Ascensão de Jesus no Monte das
Oliveiras.
Na Palestina, vivia num mosteiro e
mandou construir outros para monges e freiras. Mais tarde, foi ali consagrada
numa basílica (335) da qual só restam apenas ruínas.
Esta e outras construções grandiosas
de sua ordem, fizeram da Terra Santa um importante centro de peregrinações
cristãs.
A actual igreja do Santo Sepulcro
data do Século XII. Segundo a tradição, foi Helena quem descobriu a gruta em
que Jesus foi sepultado e lá também teria descoberto a santa peça da
crucificação, no dia 3 de Maio (326) e, por isso se celebra neste dia a festa
da Descoberta da Santa Cruz. Ela enviou para Constantino pedaços da verdadeira
Cruz e seus cravos, como amuleto para sua protecção.
Constantino encerrou um fragmento da
Cruz numa estátua de si mesmo e serviu-se dos cravos para fazer um elmo. Outros
fragmentos da Cruz foram distribuídos para um grande número de igrejas. A
história de Santa Helena encontrando a cruz é objecto de um poema muito
celebrado chamado Elene de Cynelwulf.
Voltando a Roma, Helena foi morar nos
aposentos da basílica da Santa Cruz e ali morreu dois anos depois com a idade
de 80 anos. Foi enterrada por ordem do filho, o Imperador Constantino, num
mausoléu ao lado da Basílica de São Pedro e São Marcelino, na Via Labicana. O
seus restos estão num sarcófago no Museu do Vaticano. Há quem defenda que
Helena morreu em Nicomédia (actual Turquia) ou Trácia (território dividido hoje
entre a Turquia, Grécia e Bulgária) e depois foi levada para Roma.
Proclamada santa, tornou-se muito
venerada no Ocidente.
A sua festa é comemorada em 18 de
Agosto. Na Liturgia da Igreja, Santa Helena é mostrada como uma imperatriz,
segurando uma cruz.
Fonte: aqui
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