Fonte: aqui
terça-feira, 12 de novembro de 2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Cegada de S.Martinho





Seis dias de muita festa e
animação são dedicados ao padroeiro da vinha e do vinho nos Esporões, em
Tarouca. O ponto alto dos festejos é marcado pela tradicional “Cegada de
S.Martinho”, que se realiza na noite de 10 de novembro, onde o vinho é rei!
A tradição que anima e
movimenta as gentes do concelho de Tarouca e da região é já centenária, não
havendo precisão no que concerne à data em que terá sido iniciada.
A véspera do dia de
S.Martinho é marcada por uma procissão que se inicia, pelas 19h30 do dia 10 de
Novembro, no Lugar do Outeiro da Forca, Esporões, e percorre as principais ruas
até chegar ao centro da aldeia. Ali juntam-se gentes da terra e dos concelhos
limítrofes, para seguirem, iluminados pelas tochas. A acompanhar a procissão
segue “Sua Eminência”, o “Bispo”, e como não podia deixar de ser, carros com
ramadas, pipas e cabaças, bem como os seus respetivos provadores. Lá diz o
velho ditado, “No dia de S.Martinho: Lume, Castanhas e Vinho”.
Chegados ao centro da
aldeia, é altura de ouvir com atenção o sermão pregado por “Sua Eminência”, uma
sátira ao quotidiano. Simultaneamente é retratada a história da videira e do
seu sagrado fruto, o vinho.
Segue-se o Pai Nosso:
“Santa uva que estais no
paraíso, purificada sejais vós sem enxofre, venha a nós o vosso líquido, para
ser bebido à nossa vontade, tanto em casa como nas tabernas, três litros por
cada hora nos dai hoje, perdoai-nos as vezes em que bebemos menos, assim como o
mal que nos fazeis, não nos deixeis cair atordoados e livrai-nos da polícia a
horas mortas. Ámen”.
E depois são lidos os Dez
Mandamentos de Baco, cada um acompanhado pela respetiva prova de vinho por
parte de “Sua Eminência”:
1º - Bebe-se inteiro;
2º - Até ao fundo;
3º - Como o primeiro;
4º - Como o segundo;
5º - Estando cheio não fica
meio;
6º - Para provar;
7º - Para começar;
8º - Para continuar;
9º - Para não tombar;
10º - Para acabar.
Depois de todo o
imponente cerimonial, “Sua Eminência” retira-se, e a festa continua pela noite
dentro.
Esta festa dedicada ao
Santo Padroeiro da vinha e do vinho, S.Martinho, numa mistura de popular e
cristão, representa uma tradição que tem passado de geração em geração,
constituindo-se como um marco característico importantíssimo do concelho de
Tarouca, que a Associação de S. Martinho, em parceria com a Câmara Municipal de
Tarouca, tem procurado preservar.
Testemunhos da terra
afirmam que “antes acabar o mundo do que acabar o S.Martinho dos Esporões”!
Gabinete da Cultura, Turismo e Comunicação
Câmara Municipal de Tarouca
domingo, 10 de novembro de 2013
Responda às 38 questões do Papa Francisco sobre a Família
Muitas vezes os cristãos queixam-se de não serem escutados na Igreja.
Ora o Papa Francisco põe agora à disposição dos cristãos um questionário sobre um tema que muito diz a cada pessoa: a FAMÍLIA.
Então leia aqui o questionário e responda pelo email indicado. Faça-se ouvir.
Envie as suas respostas, respeitando os praz
Ora o Papa Francisco põe agora à disposição dos cristãos um questionário sobre um tema que muito diz a cada pessoa: a FAMÍLIA.
Então leia aqui o questionário e responda pelo email indicado. Faça-se ouvir.
Envie as suas respostas, respeitando os praz
sábado, 9 de novembro de 2013
Festa de São Martinho dos Esporões no «Portugal no Coração»

O «talk-show» da RTP «Portugal no Coração» vai estar na Festa de S. Martinho, em Esporões, Tarouca. O programa vai para o ar na próxima segunda-feira.
Com momentos transmitidos em direto a partir do Centro Cívico dos Esporões, o programa mostrará algumas das comemorações e atividades que se inserem habitualmente nas Festas de S. Martinho, que começam já este sábado.
O programa, que será apresentado por Jorge Gabriel e Marta Leite de Castro, começará às 15h e prolongar-se-á até às 18h.
Fonte: aqui
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
PARA QUE CRISTO SE FORME EM NÓS
Semana dos Seminários (10 a 17 de novembro)

1. Está na moda a palavra “Seminário”. Usa-se na Universidade e para múltiplos encontros de estudo e de trabalho. Neste âmbito alargado, um Seminário é um tempo onde as pessoas se reúnem num lugar mais ou menos redondo para porem em comum as suas ideias e pontos de vista acerca de uma determinada temática ou situação. É cada vez mais da experiência comum que ninguém possui a verdade toda inteira, bem redonda, como diziam os antigos filósofos gregos, sendo, por isso, enriquecedores todos os contributos e todos os pontos de vista. Ainda por cima num tempo em que os saberes tendem a especializar-se, é sempre bom saber o contributo que pode trazer para a discussão o vizinho do lado. Sempre neste sentido lato, um Seminário é aquilo que a raiz da palavra indica: uma sementeira.
2. Mas hoje quero referir-me ao Seminário em sentido estrito e específico, que é o lugar, o tempo e o modo onde e como a Igreja reúne e forma os candidatos ao sacerdócio. O lugar e o modo é aqui uma casa ampla e simples, uma tenda plantada no coração da cidade dos homens, com espaços interiores e exteriores, com vistas para Deus e para o mundo, dado que quem se prepara para o sacerdócio tem de aprender a ver e a ouvir Deus de perto e a ser visto e ouvido por Deus, como tem igualmente de estar atento às situações concretas em que vivem os homens e mulheres deste tempo, pois deve saber ouvir os seus gritos de alegria ou de tristeza, e deve saber levar-lhes a mensagem do Evangelho, e dizer a cada um: «“Tu também és amado por Deus em Cristo Jesus”. E não apenas dizê-lo, mas pensá-lo realmente. E não apenas pensá-lo, mas fazê-lo acontecer, de modo que essa pessoa sinta e descubra que há nela alguma coisa já salva, alguma coisa maior e mais nobre do que pensava, e desperte assim para uma nova consciência de si» (Eloi Leclerc, Sagesse d’un pauvre, Paris, Éditions Franciscaines, 1984, p. 150). Também de forma diferente dos Seminários que por aí se realizam, o tempo do Seminário para a formação sacerdotal não é um dia nem uma semana ou um semestre, mas a vida toda.
3. Os Seminários de estudo ou de trabalho e o Seminário que prepara para a vida sacerdotal têm na sua raiz a semente. Semente e semeador e campo lavrado e semeado são metáforas que povoam a Escritura dos dois Testamentos, e indicam um modo de vida. O agricultor olha com carinho o chão que trabalha, as árvores que planta, os frutos que vê nascer e amadurecer. Lançar a semente é um tempo e um modo importante, mas é a colheita que ele tem sempre em vista. A colheita é um tempo de alegria (Sl 126,5-6). De acordo com o Evangelho, é pela colheita e pela alegria que devemos afinar sempre o nosso olhar e os critérios com que contemplamos a seara de Deus. Assim deve ser também o Seminário: tempo de nos maravilharmos com as árvores que florescem. Quando desaparece a flor, surge o fruto. No dizer de Jesus, o Senhor que servimos é o Senhor da colheita, da estação dos frutos, da alegria. Por isso, manda-nos rezar assim: «Pedi ao Senhor da colheita (therismós) que mande trabalhadores para a sua colheita (therismós)» (Lc 10,2). Ou somos da estação dos frutos e da alegria, ou andamos certamente perdidos.
4. A missão específica do Seminário, dizem os Documentos do magistério da Igreja, é «formar Pastores para a Igreja de hoje, no mundo de hoje» (Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis, n.º 61; Normas Fundamentais para a Formação Sacerdotal nas Dioceses Portuguesas, n.º 129 e 162). O Pastor está atento às suas ovelhas e conhece-as uma a uma, cuida delas com premura, dá a vida por elas (Jo 10,1-18). É, por isso, que, na sua vertente humana, o Seminário deve ser uma comunidade impregnada de profunda amizade e caridade, de modo a poder ser considerada uma verdadeira família, que vive na simplicidade, na confiança e na alegria. E, na sua vertente cristã, deve configurar-se como comunidade de discípulos do Senhor Ressuscitado, reunida à volta da alegria do Senhor Ressuscitado, formada dia a dia na leitura e na meditação da Palavra de Deus, no sacramento da Eucaristia e no exercício da justiça e da caridade fraterna. Uma comunidade onde resplandeça o Espírito de Cristo e o amor para com a Igreja. Uma comunidade orante, onde se aprende e se cultiva o vocativo da oração e o imperativo da comunhão (Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis, n.º 60).
5. O ambiente simples e dinâmico do Seminário ajudará cada um dos candidatos ao sacerdócio a alcançar uma compreensão cada vez mais profunda das exigências e da beleza da sua vocação, em ordem à aceitação, cada vez mais radical e definitiva, do projecto de Deus. Os formadores saberão acompanhar cada candidato, e levá-lo a ver a sua vocação à luz da Igreja, da sua doutrina, da sua prática pastoral e litúrgica e da sua legislação, de modo a fazer crescer no coração de cada candidato um coração novo à medida de Cristo, conforme ao coração de Cristo, sensível às dores de cada ser humano, para saber ser, neste mundo controverso, verdadeiro semeador de esperança e ceifeiro feliz.
6. Sábia e inteligentemente, a documentação da Igreja tem salientado que, «de sua natureza, a formação sacerdotal exige uma continuidade, ao longo de toda a vida, com incidência nos primeiros anos de sacerdócio» (Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis, n.º 70-76; Normas Fundamentais para a Formação Sacerdotal nas Dioceses Portuguesas, n.º 152). Isto quer dizer que devemos humildemente saber estar sempre em formação, sentados na escola do nosso verdadeiro Mestre e Senhor.
7. Atravessamos uma vez mais a Semana dos Seminários, que este ano acontece de 10 a 17 de Novembro, subordinada à temática de sabor paulino «Para que Cristo se forme em nós» (cf. Gálatas 4,19). Rezemos ao Senhor da colheita para que seja Ele, Bom Pastor, a velar sempre pelo seu rebanho, e para que nos ensine a ser Pastores e formar Pastores segundo o seu coração de Pastor e Pai premuroso. E sejamos generosos no Ofertório de Domingo, dia 17, que será destinado, na sua inteireza, para as necessidades dos nossos Seminários de Lamego e Resende. E que Deus nos abençoe e guarde em cada dia, e faça frutificar o labor dos nossos Seminários.
Lamego, 1 de Novembro de 2013, Solenidade de Todos os Santos
+ António, Bispo de Lamego
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Carta aberta de Jose Arregi ao Papa Francisco sobre a família
José
Arregui Olaizola é doutorado em Teologia pelo Instituto Católico de Paris.
Depois de lecionar diversas disciplinas de Teologia em várias Faculdades, foi-lhe retirada a licença de ensinar e viu-se forçado a deixar a Ordem Franciscana e o sacerdócio.
Atualmente é professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Deusto.
Jose Arregi escreve agora ao Papa Francisco sobre a família e pronuncia-se acerca das 38 questões que Francisco enviou aos bispos do mundo inteiro.
Uma carta em que sobressai o tom carinhoso, confiante, com que o autor se dirige ao Papa.
Veja aqui
Depois de lecionar diversas disciplinas de Teologia em várias Faculdades, foi-lhe retirada a licença de ensinar e viu-se forçado a deixar a Ordem Franciscana e o sacerdócio.
Atualmente é professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Deusto.
Veja aqui
POMBA
Pomba,
porque te escondes
da luz?
Buscas a sombra
de um passado findo?
Olha
a cúpula dos céus
aberta sobre o mundo.
porque te escondes
da luz?
Buscas a sombra
de um passado findo?
Olha
a cúpula dos céus
aberta sobre o mundo.
Por Tarouca...
1. Mais de uma dezena de carros assaltados e vandalizados em Tarouca
2. Tarouca recebe feira de livros usados
Veja aqui estas notícias.
2. Tarouca recebe feira de livros usados
Veja aqui estas notícias.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Não é fácil o dia-a-dia de uma mãe nos tempos que correm!
Embora ligado, o despertador nem é preciso. Apenas uma questão de precaução.
Às 6 horas, marido e mulher saltam da cama. Higiene matinal, preparação do pequeno almoço a dois. Depois ambos se sentam por uns momentos para partilhar a refeição. "É importante começarmos juntos, partilharmos estes primeiros instantes do dia, darmo-nos mutuamente força para os desafios e imprevisto que sempre podem acontecer."
O marido, porque trabalha longe, tem que sair mais cedo. É então a hora de acordar os três filhos e aturar as quezílias que o despertar sempre acarreta. Um, porque só mais um bocadinho de cama; outro que não gosta daquela roupa que a mãe lhe preparou; outro que se esqueceu de pôr na mochila o fato de educação física...
Não tomam o pequeno almoço sem estarem todos à mesa. Mas um nunca mais se despacha; outro barafusta que assim não chega a horas à escola; outro que o leite arrefece...
Finalmente todos no carro. Há que deixar um numa escola, outro noutra e ainda outro noutra. A palavra mais escutada é 'despacha-te'. Mas um esquece-se de tirar do carro o guarda-chuva e volta atrás; outro que se esqueceu de pedir o dinheiro para carregar o cartão; a mais pequenina porque não parte para a escola sem um momento de colinho e sem muitos beijinhos...
Ufa! Chega ao emprego cansada, algo nervosa. Diz para si própria que tem que se aclamar, que deve separar as coisas, que as preocupações familiares ficam à porta do trabalho.
À hora exata está no local de trabalho, com a boa disposição de sempre, mesmo quando por dentro, rolam lágrimas.
Não é dada a confusões, a jogos, a intrigas. Procura apenas ser uma boa profissional, colaborando e ajudando, sem 'trunfos na manga'. Apesar de ser assim, e talvez por ser assim, nem sempre é bem vista pelos colegas. Mas isso não lhe retira o gosto de ser assim.
Hora de almoço. Como sempre vai a casa que não fica longe. Prepara alguma coisa para comer e aplica o resto do tempo a cuidar das tarefas domésticas. Isto de ser esposa e mãe de três filhos pequenos traz muitos encargos. É altura de receber e fazer vários telefonemas. Liga à mãe para ver se o pai está melhor. Liga ao sobrinho que faz anos nesse dia. Recebe o telefonema do filho mais velho a queixar-se da comida na cantina. Atende a amiga que precisa de desabafar porque em casa as coisas vão mal...
Volta pontualmente ao emprego. A tarde decorre com alguma calma, mas a certa altura irrompe pelo espaço o 'boss' gritando pelo trabalho que pedira para o fim da manhã e ainda não aparecera. A colega que o devia fazer, meia sonsinha - exepto na língua - como sempre atrasara-se e estava agora atarantada. Não gosta de ver ninguém enrascado. Por isso levanta-se e vai ajudar a colega. Tem que lhe dar para atender o ultimato do 'boss'. Determinada e organizada, consegue. Nem um gesto de reconhecimento recebe da colega. Mas isso, embora sinta, não lhe retira da boa disposição.
Começa agora a recolha. Passagem pelas escolas, para levar os filhos. Cada um quer deitar cá para fora tudo de uma vez. Não se ouvem uns aos outros, só querem que a mãe os ouça. Tenta pôr calma, organiza a intervenção dos pequenos. Mas não é fácil. Crianças deste tempo...
Em casa corre de quarto para quarto para ajudar nas tarefas de casa dos filhos. E quando chamam todos ao mesmo tempo? E quando a pequenita não a larga porque está carente, precisa de miminhos e de atenção? O telefone toca, toca! É a mãe a dizer que o pai piorou, mas que não quer ir ao médico. Que só ela tem jeito para o levar a fazer o que tem de ser feito.
E quando lhe falam no pai, acabou. Tem sempre a prioridade. Explica aos dois mais velhos o que têm de fazer, pega na pequenita pela mãe e lá vai para casa do pai. Depois de muita paciência, consegue convencê-lo a ir ao médico. Mas ele insiste que só vai se a filha o acompanhar. E os pequenos que ficaram em casa sozinhos? E o jantar? E o marido que volta sempre muito tarde, porque o trabalho assim o obriga?
Liga ao marido para telefonicamente ir controlando os filhos e voa para o hospital. Uma fila de espera a perder de vista. O pai a queixar-se. A mãe apressada e desesperada.
O marido telefona-lhe a dizer que tem tudo sobre controle em casa. Que não se afligisse, que depois os dois preparariam o jantar.
"Obrigado, querido!" - sussurra ao telefone.
E aquela voz calma, firme, quente renova-lhe as forças e sente-se mais determinada. E enquanto abraça a mãe que tema neta ao colo e segura carinhosamente as mãos do pai, vai dizendo no coração: "Obrigado, Senhor, pelo meu marido!"
Às 6 horas, marido e mulher saltam da cama. Higiene matinal, preparação do pequeno almoço a dois. Depois ambos se sentam por uns momentos para partilhar a refeição. "É importante começarmos juntos, partilharmos estes primeiros instantes do dia, darmo-nos mutuamente força para os desafios e imprevisto que sempre podem acontecer."
O marido, porque trabalha longe, tem que sair mais cedo. É então a hora de acordar os três filhos e aturar as quezílias que o despertar sempre acarreta. Um, porque só mais um bocadinho de cama; outro que não gosta daquela roupa que a mãe lhe preparou; outro que se esqueceu de pôr na mochila o fato de educação física...
Não tomam o pequeno almoço sem estarem todos à mesa. Mas um nunca mais se despacha; outro barafusta que assim não chega a horas à escola; outro que o leite arrefece...
Finalmente todos no carro. Há que deixar um numa escola, outro noutra e ainda outro noutra. A palavra mais escutada é 'despacha-te'. Mas um esquece-se de tirar do carro o guarda-chuva e volta atrás; outro que se esqueceu de pedir o dinheiro para carregar o cartão; a mais pequenina porque não parte para a escola sem um momento de colinho e sem muitos beijinhos...
Ufa! Chega ao emprego cansada, algo nervosa. Diz para si própria que tem que se aclamar, que deve separar as coisas, que as preocupações familiares ficam à porta do trabalho.
À hora exata está no local de trabalho, com a boa disposição de sempre, mesmo quando por dentro, rolam lágrimas.
Não é dada a confusões, a jogos, a intrigas. Procura apenas ser uma boa profissional, colaborando e ajudando, sem 'trunfos na manga'. Apesar de ser assim, e talvez por ser assim, nem sempre é bem vista pelos colegas. Mas isso não lhe retira o gosto de ser assim.
Hora de almoço. Como sempre vai a casa que não fica longe. Prepara alguma coisa para comer e aplica o resto do tempo a cuidar das tarefas domésticas. Isto de ser esposa e mãe de três filhos pequenos traz muitos encargos. É altura de receber e fazer vários telefonemas. Liga à mãe para ver se o pai está melhor. Liga ao sobrinho que faz anos nesse dia. Recebe o telefonema do filho mais velho a queixar-se da comida na cantina. Atende a amiga que precisa de desabafar porque em casa as coisas vão mal...
Volta pontualmente ao emprego. A tarde decorre com alguma calma, mas a certa altura irrompe pelo espaço o 'boss' gritando pelo trabalho que pedira para o fim da manhã e ainda não aparecera. A colega que o devia fazer, meia sonsinha - exepto na língua - como sempre atrasara-se e estava agora atarantada. Não gosta de ver ninguém enrascado. Por isso levanta-se e vai ajudar a colega. Tem que lhe dar para atender o ultimato do 'boss'. Determinada e organizada, consegue. Nem um gesto de reconhecimento recebe da colega. Mas isso, embora sinta, não lhe retira da boa disposição.
Começa agora a recolha. Passagem pelas escolas, para levar os filhos. Cada um quer deitar cá para fora tudo de uma vez. Não se ouvem uns aos outros, só querem que a mãe os ouça. Tenta pôr calma, organiza a intervenção dos pequenos. Mas não é fácil. Crianças deste tempo...
Em casa corre de quarto para quarto para ajudar nas tarefas de casa dos filhos. E quando chamam todos ao mesmo tempo? E quando a pequenita não a larga porque está carente, precisa de miminhos e de atenção? O telefone toca, toca! É a mãe a dizer que o pai piorou, mas que não quer ir ao médico. Que só ela tem jeito para o levar a fazer o que tem de ser feito.
E quando lhe falam no pai, acabou. Tem sempre a prioridade. Explica aos dois mais velhos o que têm de fazer, pega na pequenita pela mãe e lá vai para casa do pai. Depois de muita paciência, consegue convencê-lo a ir ao médico. Mas ele insiste que só vai se a filha o acompanhar. E os pequenos que ficaram em casa sozinhos? E o jantar? E o marido que volta sempre muito tarde, porque o trabalho assim o obriga?
Liga ao marido para telefonicamente ir controlando os filhos e voa para o hospital. Uma fila de espera a perder de vista. O pai a queixar-se. A mãe apressada e desesperada.
O marido telefona-lhe a dizer que tem tudo sobre controle em casa. Que não se afligisse, que depois os dois preparariam o jantar.
"Obrigado, querido!" - sussurra ao telefone.
E aquela voz calma, firme, quente renova-lhe as forças e sente-se mais determinada. E enquanto abraça a mãe que tema neta ao colo e segura carinhosamente as mãos do pai, vai dizendo no coração: "Obrigado, Senhor, pelo meu marido!"
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Família: Vaticano envia 38 perguntas aos bispos de todo o mundo
Pode ler AQUI as 38 perguntas e algumas maneiras de responder ao questionário.
Logicamente que não se trata de respostas exaustivas. Logicamente que contemplam o ponto de vista do autor das respostas.
Podemos concordar ou discordar, no todo ou em parte, com o autor. Mas assinalemos que deu a cara por aquilo em que acredita.

O
Vaticano promoveu hoje uma conferência de imprensa sobre a “preparação” do próximo Sínodo dos Bispos, convocado pelo Papa para debater, entre 5 e 19 de outubro do próximo ano, os “desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.
o Sínodo dos Bispos sobre a família vai ter duas etapas: a primeira, a Assembleia Geral Extraordinária de 2014, destinada a especificar o ‘status quaestionis’ (o estado da questão); a segunda, a Assembleia Geral Ordinária de 2015, em ordem a procurar linhas de ação para a pastoral da pessoa e da família.
O Vaticano divulgou hoje o documento preparatório do próximo Sínodo dos Bispos.
No documento sublinham-se os ensinamentos da Igreja Católica sobre o matrimónio como “vínculo sacramental indissolúvel” ligado ao “amor entre o homem e a mulher”, que “dura para sempre”, e à “procriação”.
O texto é acompanhado por um questionário com 38 perguntas que “permitem às Igrejas particulares” participar “ativamente” na preparação do Sínodo Extraordinário.
Logicamente que não se trata de respostas exaustivas. Logicamente que contemplam o ponto de vista do autor das respostas.
Podemos concordar ou discordar, no todo ou em parte, com o autor. Mas assinalemos que deu a cara por aquilo em que acredita.

O
Vaticano promoveu hoje uma conferência de imprensa sobre a “preparação” do próximo Sínodo dos Bispos, convocado pelo Papa para debater, entre 5 e 19 de outubro do próximo ano, os “desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.
o Sínodo dos Bispos sobre a família vai ter duas etapas: a primeira, a Assembleia Geral Extraordinária de 2014, destinada a especificar o ‘status quaestionis’ (o estado da questão); a segunda, a Assembleia Geral Ordinária de 2015, em ordem a procurar linhas de ação para a pastoral da pessoa e da família.
O Vaticano divulgou hoje o documento preparatório do próximo Sínodo dos Bispos.
No documento sublinham-se os ensinamentos da Igreja Católica sobre o matrimónio como “vínculo sacramental indissolúvel” ligado ao “amor entre o homem e a mulher”, que “dura para sempre”, e à “procriação”.
O texto é acompanhado por um questionário com 38 perguntas que “permitem às Igrejas particulares” participar “ativamente” na preparação do Sínodo Extraordinário.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
D. Policarpo, politicamente incorreto
Diz o comentário do "Sol" de sexta-passada que as palavras de D. Policarpo contrariaram "alguns bispos". Sim, contrariaram alguns bispos e indignaram muitos católicos que em blogues e no facebook mandaram o patriarca emérito estudar doutrina social da Igreja. Neste ponto em concreto, pelo menos, ele está bem informado da DSI, que em nenhum dos seus ensinamentos defende a irresponsabilidade que diz que as dívidas não devem ser pagas. Por exemplo. ( aqui )
domingo, 3 de novembro de 2013
Uma criança testemunha: "Eu acredito na Ressurreição"
Nesta manhã de domingo, uma pessoa contou-me um episódio ocorrido há poucos dias.
Estava essa pessoa adulta com uma criança. Apareceu uma Testemunha de Jeová que queria falar com elas sobre a Ressurreição e entregar um papel. Então a criança diz:
- Olha, no último encontro de catequese falámos sobre a Ressurreição.
- Ah! - respondeu a Testemunha de Jeová. - E tu acreditas na Ressurreição?
De pronto a pequena responde:
- Eu acredito! E também acreditam os meus amigos e colegas. Por isso, temos que trabalhar muito.
A Testemunha foi-se embora, entregando o papel e debandando.
- Achas que fui malcriada para com a senhora? - pergunta a petiz à sua familiar.
- Não, de maneira nenhuma - respondeu a familiar.
- Pois eu sei que devemos acolher as pessoas. Mas nunca nos devemos esconder as verdades em que acreditamos - sentenciou, convicta, a menina.
Estava essa pessoa adulta com uma criança. Apareceu uma Testemunha de Jeová que queria falar com elas sobre a Ressurreição e entregar um papel. Então a criança diz:
- Olha, no último encontro de catequese falámos sobre a Ressurreição.
- Ah! - respondeu a Testemunha de Jeová. - E tu acreditas na Ressurreição?
De pronto a pequena responde:
- Eu acredito! E também acreditam os meus amigos e colegas. Por isso, temos que trabalhar muito.
A Testemunha foi-se embora, entregando o papel e debandando.
- Achas que fui malcriada para com a senhora? - pergunta a petiz à sua familiar.
- Não, de maneira nenhuma - respondeu a familiar.
- Pois eu sei que devemos acolher as pessoas. Mas nunca nos devemos esconder as verdades em que acreditamos - sentenciou, convicta, a menina.
sábado, 2 de novembro de 2013
Carta da Marisa Moura à administração da Carris

Exmos. Senhores
José Manuel Silva Rodrigues, Fernando Jorge Moreira da Silva, Maria Isabel Antunes, Joaquim José Zeferino e Maria Adelina Rocha
Chamo-me Marisa Sofia Duarte Moura e sou a contribuinte nº 215860101 da República Portuguesa.
Venho por este meio colocar-vos, a cada um de vós, algumas perguntas:
1.Sabem que o aumento do vosso vencimento, num total extra de 32 mil euros, fixado pela comissão de vencimentos, numa altura em que a empresa apresenta prejuízos de 42,3 milhões e um buraco de 776,6 milhões de euros, representa um crime previsto na lei sob a figura de gestão danosa?
2.Terão a mínima noção de que há mais de 700 mil pessoas desempregadas em Portugal, neste momento, por causa de gente como os senhores que, sem qualquer moral, se pavoneiam em automóveis de luxo que, neste momento, custam 4.500 euros por mês a todos os contribuintes?
A dívida do país está acima dos 150 mil milhões de euros, o que significa que eu estou endividada em 15 mil euros.
Paguei em impostos no ano passado 10 mil euros. Não chega nem para a minha parte da dívida colectiva.
É com pessoas como os senhores, a esbanjar desta forma o nosso dinheiro, que os impostos dos contribuintes não vão chegar nunca para pagar o que realmente devem pagar - o bem-estar colectivo.
As vossas caras estão publicadas no site da empresa.Todos os portugueses sabem, portanto, quem são.
Chamo-me Marisa Sofia Duarte Moura e sou a contribuinte nº 215860101 da República Portuguesa.
Venho por este meio colocar-vos, a cada um de vós, algumas perguntas:
1.Sabem que o aumento do vosso vencimento, num total extra de 32 mil euros, fixado pela comissão de vencimentos, numa altura em que a empresa apresenta prejuízos de 42,3 milhões e um buraco de 776,6 milhões de euros, representa um crime previsto na lei sob a figura de gestão danosa?
2.Terão a mínima noção de que há mais de 700 mil pessoas desempregadas em Portugal, neste momento, por causa de gente como os senhores que, sem qualquer moral, se pavoneiam em automóveis de luxo que, neste momento, custam 4.500 euros por mês a todos os contribuintes?
A dívida do país está acima dos 150 mil milhões de euros, o que significa que eu estou endividada em 15 mil euros.
Paguei em impostos no ano passado 10 mil euros. Não chega nem para a minha parte da dívida colectiva.
É com pessoas como os senhores, a esbanjar desta forma o nosso dinheiro, que os impostos dos contribuintes não vão chegar nunca para pagar o que realmente devem pagar - o bem-estar colectivo.
As vossas caras estão publicadas no site da empresa.Todos os portugueses sabem, portanto, quem são.
Quando pararem num semáforo vermelho, conseguirão enfrentar o olhar do condutor ao lado, estando os senhores ao volante de uma viatura paga com dinheiro que a empresa não tem e que é paga às custas da fome de milhares de pessoas, velhos, adultos, jovens e crianças?
Para os senhores auferirem do vosso vencimento, agora aumentado ilegalmente, e demais regalias, há 900 mil pessoas a trabalhar (inclusive em empresas estatais como a "vossa") sem sequer terem direito a Baixa se ficarem doentes, porque trabalham a recibos verdes.
Alguma vez pensam nisto?
Acham genuinamente que o trabalho que desempenham tem de ser tamanhamente bem remunerado ao ponto de se sobreporem às mais elementares necessidades de outros seres humanos?
Despeço-me sem grande consideração, mas com alguma esperança que consiga reactivar alguns genes da espécie humana que terão, com certeza, perdido algures, no decorrer da vossa vida.
Marisa Moura
Alguma vez pensam nisto?
Acham genuinamente que o trabalho que desempenham tem de ser tamanhamente bem remunerado ao ponto de se sobreporem às mais elementares necessidades de outros seres humanos?
Despeço-me sem grande consideração, mas com alguma esperança que consiga reactivar alguns genes da espécie humana que terão, com certeza, perdido algures, no decorrer da vossa vida.
Marisa Moura
(Recebido por email)
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Se você me ama, não chore por mim

"Se você conhecesse o mistério insondável do céu onde me encontro...
Se você pudesse ver e sentir o que eu sinto e vejo nesses horizontes sem fim e nesta luz que tudo
alcança e penetra, você jamais choraria por mim.
Eu estou agora absorvido pelo encanto de Deus, pelas suas expressões de infinita beleza.
Em confronto com esta nova vida, as coisas do passado são pequenas e insignificantes.
Conservo todo o meu afecto por você, com aquela ternura que sempre nos devotamos.
O amor que lhe dediquei permanecerá na eternidade, íntegra e forte...
Pense em mim em plena alegria da vida, pois nesta maravilhosa morada não existe a morte.
Se você verdadeiramente me ama, não chore por mim.
Eu estou em paz.”
Santo Agostinho, séc. IV
Ser santo «não é um privilégio de poucos, mas uma vocação para todos»

Papa Francisco e a santidade:
1.
Ser santo «não é um privilégio de poucos, mas uma vocação para todos».
2. "Os
santos não são super-homens nem nasceram perfeitos, antes da glória viveram uma
vida normal com alegrias e dores, fadigas e esperanças".
3.
Os santos, "quando conheceram o amor de Deus, seguiram-no com todo o
coração, sem condições ou hipocrisias, passaram a sua vida ao serviço dos
outros, suportaram sofrimentos e adversidades sem odiar e respondendo ao mal
com o bem, espalhando a alegria e a paz".
4.
“Os santos são homens e mulheres que têm a alegria no coração e a transmitem
aos outros”.
5. O
objetivo da existência não é “a morte” mas “o paraíso”.
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