O Padre ia receber uma intervenção cirúrgica e avisou as pessoas do facto. Tratava-se de um povo pertencente à paróquia que ele serve. O sacerdote acrescentou que não seria possível, na sua ausência, haver Missa nos povos, apenas na Igreja Paroquial.
É então que surge, bela e nobre, a reação da assembleia. "Não se preocupe, senhor Padre! Primeiro está a sua saúde. Nosso Senhor não vai ficar abandonado. Enquanto o senhor não puder estar connosco, nós nos reuniremos, à hora do costume, para rezar o terço, proclamar as Leituras da Missa, fazer a Oração dos Fiéis. O Ministro Extraordinária da Comunhão dar-nos-á a Sagrada Comunhão. Depois quem puder vai à Igreja Paroquial. E esteja certo, rezaremos por si. "
A solidariedade, amizade, carinho, dedicação, interesse daquela gente para com o seu Padre é admirável.
Sem egoísmos e tradicionalismos ocos e legalistas.
Sem reclamações, má língua ou queixumes.
Com postura humanamente nobre.
E, acima de tudo, com fé. "Nosso Senhor não vai ficar abandonado."
Também na nossa diocese, cada vez mais se vai tornando impossível celebrar a Eucaristia de povinho em povinho. Por falta de sacerdotes, por cansaço de alguns, por doença de outros.
E se fosse o povo de Deus, atento, generoso, crente, caritativo, a tomar a iniciativa? "O senhor padre anda tão cansado, doente, esgotado, nós faremos a Celebração, preparando-a. Nós dispensamo-lo desta e daquela reunião, desta e daquela obra, desta e daquela iniciativa, deste e daquele trabalho… Nós faremos."
Também nisto é preciso desclericalizar a Igreja que todos somos pelo Batismo.
Vós, leigos, também sois Igreja. O Espírito Santo também trabalha em vós.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.