segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Eleições legislativas 2019: notas e opinião


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Ocorreram em 6 de outubro as eleição para a Assembleia da República. A nível nacional, O PS venceu com 36,65% dos votos entrados nas urnas.

No Concelho de Tarouca e na União de Freguesias Tarouca/Dalvares, o PSD ganhou, respectivamente, com  com 39,43 % e 39.97% dos votos expressos.
Notas:
- Neste momento, faltam quatro deputados por eleger, uma vez que ainda não estão contados os votos dos portugueses nos consulados.

- Em 7 de outubro,  Portugal acordou com um PS mais forte, uma direita derrotada, PAN em grande e três estreias na Assembleia da República: Iniciativa Liberal, Livre e Chega. Cada um destes partidos elegeu um deputado.

- Dúvidas que ficam da noite eleitoral: Geringonça 2.0? Rio fica? Quem manda no CDS?

- Catarina Martins já disse que o Bloco está “preparado para negociar uma solução que ofereça estabilidade para o país”, seja através de uma negociação que inclua as suas prioridades já no Programa de Governo ou realizando “negociações ano a ano para cada orçamento”. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, preferiu não dar garantias, disse que a CDU irá determinar a sua posição caso a caso e que não haverá nova geringonça. “Não haverá repetição da cena do papel”, disse, em alusão à assinatura dos acordos bilaterais há quatro anos, que Bloco e PCP assinaram separadamente. O PAN já disse que não quer participar numa solução desta natureza.

- Partido Ecologista Os Verdes fica com apenas um deputado.

- Na geringonça, o PS subiu muito em relação às legislativas de 2015, mas a CDU e o Bloco baixaram a votação, tendo a CDU perdido 5 deputados, e mantendo o Bloco o mesmo número de deputados.

- CDS teve pior resultado de sempre e Cristas abandona liderança.

- O PSD de Rui Rio obteve o pior resultado do partido em legislativas dos últimos 20 anos, mas apenas em percentagem, já que conseguiu eleger mais deputados do que Pedro Santana Lopes em 2005.

- PSD vence legislativas no distrito de Viseu, embora eleja o mesmo número de deputados do que o PS: quatro.

A minha modesta opinião:
1. O povo disse, está dito. Felizmente que, em democracia, quem manda é o povo. É soberano.
2. A abstenção está muito alta. 45,5%. Isto obriga as forças políticas a repensar-se  e a repensar… Que motivos levam quase metade dos cidadãos eleitores a não votar? Mas também interroga os cidadãos que deixam nas mãos dos outros a decisão do seu futuro. Falta cidadania aos cidadãos…
3. Se se somarmos os votos brancos e nulos, temos 4,2%. Mais do que a votação do PAN que elegeu 4 deputados! Dá que pensar.
4. Em relação às legislativas de 2015, o PSD perdeu 7 deputados; a CDU, 5;  o CDS, 15. Os derrotados da noite eleitoral. O PS ganhou 21 e o PAN 3. Claramente os vencedores.
5. Clara e definitivamente. Não me identifico com as ideias da extrema-direita. Agora não aceito a bagunça que vai na comunicação social por causa da eleição, por parte do Chega, de um deputado. Em democracia, o povo é soberano, repito. Se ninguém questiona a presença da extrema-esquerda  no Parlamento, por que motivo se questiona a presença da extrema-direita?  Não são portugueses todos os cidadãos portugueses? Ou para a comunicação social há portugueses e portuguesitos?
6.  Os animais devem ser protegidos. Ninguém é obrigado a ter animais. Se os tem é para os respeitar com a dignidade que toda a criatura merece. Mas a idolatria dos animais, não. O animalismo, glorificação dos animais, transformados em deuses, não. Por isso interroga-me a alta votação no PAN. Que caminhos estamos a trilhar?  A ecologia não é hoje, felizmente, a bandeira de um só partido, mas a preocupação de todas e, acima de tudo, da sociedade. Está em causa o nosso destino colectivo.
6. Ninguém dá aquilo que não tem. A votação esmagadora nos partidos que  sublinham ideias distribucionistas sem sublinharem devidamente a obtenção de meios para a obtenção de riqueza, pode custar caro a curto/longo prazo. Temos essa experiência.  Acumulação de riqueza nas mãos de alguns, enquanto outros vivem à margem, nunca. Criação de riqueza para acelerar o elevador social, sempre.
7. Os valores contam pouco para os eleitores. Os partidos fracturantes  são premiados. E isto representa uma corrida para o abismo social se não invertermos a tendência. 

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