sexta-feira, 5 de julho de 2019

As nossas cidades vivem num presente perpétuo sem respeito pelo passado e sem consideração pelo futuro.

"A minha geração e a geração ainda mais nova foram educadas no egocentrismo, num individualismo extremo que procura os prazeres imediatos e os sonhos profissionais. Portugal é um caso extremo da cultura pós-moderna que desvalorizou nas últimas décadas os conceitos de compromisso, casamento e família. Criámos uma sociedade de indivíduos solitários que jantam sozinhos, tendo a Netflix e o cão como única companhia. As nossas cidades vivem num presente perpétuo sem respeito pelo passado e sem consideração pelo futuro. É por isso que esta sociedade está a trocar as pessoas pelos animais. Literalmente. É por isso que temos os nossos velhos (o passado) a viver numa solidão que nos envergonha. É por isso que temos uma das taxas de natalidade (o futuro) mais baixas do mundo."
Henrique Raposo

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