Ontem dia 11 de Fevereiro, precisamente o dia mundial do doente, assisti ao debate da Fátima Campos Ferreira, Prós e Contras na RTP, sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ouvindo as várias posições ali explanadas, (…) duas conclusões positivas e duas negativas.
Primeira conclusão positiva, o nosso SNS, é bom e está bem posicionado perante os vários serviços de saúde por essa Europa fora. O corpo de profissionais estão bem qualificados e esmeram-se para prestar os cuidados de saúde com dignidade e seriedade aos doentes. Há investigação, por exemplo, o Hospital do Porto reserva cerca de 8 milhões de euros para esse fim. Há hospitais bem equipados e bem geridos.
Segunda, também positiva, gostei de ver a Ministra da Saúde, Marta Temido, ali presente diante das várias entidades representativas do SNS, ouvia calmamente e respondia com serenidade e segurança. Serviu para ver que Marta Temido, está dentro dos problemas, sem deixar de apontar, sem propagandear, o que tem sido feito, o que se pretende fazer e como está a ser difícil resolver problemas crónicos que se têm arrastado de governo para governo e de administração para administração de cada um dos nossos hospitais. Pelo visto, muitos dos problemas requerem boa gestão e não tanto a ferramenta de milhões de euros como tantas vezes se ouve falar. Louvo a lição da Sra Ministra da Saúde.
Terceira conclusão, negativa, o SNS numa larga maioria de hospitais, estão a ser muito mal geridos, profissionais desmotivados e materiais obsoletos (denunciado por um enfermeira). Obviamente, que esta doença grave e pelo que se ouviu “doença crónica”, estende os seus tentáculos venenosos por todos os serviços dos hospitais, gerando assim um péssimo ambiente. A desmotivação dos profissionais conduz ao desleixo. O mau ambiente conduz à desconfiança dos utentes, como se pode ver a olho nu nos problemas generalizados que a nossa população aponta em relação ao SNS.
Quarta conclusão, igualmente negativa, pelo meio disto tudo paira a ideia de que a saúde é um grande negócio. A ganância dos privados, vai fazendo das suas. Seduz políticos, daí se concluir que muita da imagem negativa do SNS está a ser empolada e instrumentalizada, pois tem servido de bola de arremesso no joguete partidário. Os privados seduzem os profissionais do SNS, que se deixam encantar com o eldorado dos serviços paralelos, permitindo com isso a desmotivação e o desleixo. As ditas “greves cirúrgicas” dos enfermeiros têm servido bem estes esquemas, mesmo que à partida lhes assista muita razão para estarem em greve.
Conclusão geral, a bem de todos nós e do futuro da nossa população requere-se responsabilidade. O SNS não deve ser um negócio, mas deve ser bem gerido e nos diversos serviços de saúde não devem faltar todas as condições exigíveis, para que os seus profissionais possam cumprir o seu dever em prol dos doentes. A saúde é o pilar fundamental da sociedade para a fazer sorrir no presente e ser a melhor garantia do seu futuro.
Fonte: aqui
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