terça-feira, 7 de outubro de 2025
Primeira saudação de D. Pedro Fernandes , novo Bispo de Portalegre e Castelo Branco. Frescura na forma e no conteúdo
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
Neste novo ano futebolístico, ainda não me pronunciei sobre o "meu" Porto...
Acompanho alguns espaços virtuais onde se fala, se debate e se analisa os jogos do Futebol Clube do Porto. Nem sempre concordo. Algumas intervenções tiram-me do sério, pelo sectarismo, pela clubite fundamentalista e pela visão de inimigos em todos os lados.
Não sou daqueles portistas que vêm nos árbitros a origem das desgraças do Porto, embora no último jogo me pareça claro um penalti cometido por António Silva sobre Deniz Gül. Onde esteve o Var? Sou daqueles portistas que alinham na crítica contundente à comunicação social, mormente a do sul, pela sua parcialidade, ausência de independência e desigualdade no tratamento dos assuntos dos clubes. Basta ver a antena dada ao Benfica e a dada ao Porto... É gritante a desigualdade. Também acho desprezíveis a insinuação, a suspeita, verborreia bélica, etc.
As duas últimas épocas futebolísticas do FCP foram horríveis, e a última de gritar aos céus...
Pelos projetos apresentados, os reforços adquiridos, a limpeza de balneário efetuada, a eficácia na saudável construção da realidade económica, pelas orientações apontadas, esperava vivamente uma melhor época.
Não conhecia o treinador quando ele aqui chegou. Felizmente pôde realizar a pré-época de forma serena, com a maioria dos reforços. Confesso que me surpreendeu. Desde os amigáveis até aos primeiros jogos a sério, o Porto foi uma agradável surpresa. Equipa unida, determinada, pressão alta, segurança defensiva, vitórias. Estava de volta o bom e velho Porto. O coração escancarava-se à esperança de uma boa época. O título parecia estar mais perto do que suposto.
Apareceu o Benfica... Para um portista é sempre um jogo em que o empate sabe a derrota. É um jogo especial.
Pela primeira vez, o treinador Francesco Farioli me desiludiu.
A gente está sempre a aprender, até no futebol onde a emoção quer andar à frende da razão. Na hora certa, no momento único para o portismo, o novo técnico demonstrou que ainda não é um grande treinador, é um razoável treinador. A sua conferência de imprensa no fim do jogo confirma isso mesmo. Vale que ele é um jovem treinador e certamente vai crescer muito. Parecia que ele já interiorizara o "ser porto", mas ontem revelou que não. Com o Benfica só pode ser: ganhar, ganhar e ganhar. Não soube responder à postura defensiva da equipa de Mourinho, não soube arranjar um plano diferente... Deixou de fora o nosso mais virtuoso atleta - o Mora - que teria que jogar muito mais para tentar abrir aquela defesa compacta encarnada. E o Porto empatou. Dizem alguns: "ai, tivemos mais oportunidades do que o Benfica!" Pudera, não jogámos em casa? Outros: "Mas em 6 dias fizemos seis jogos!" Verdade. Mas tivemos mais tempo para a pré-epoca do que eles e não fizemos tantos jogos como eles tiveram que fazer. Além disso, não mudámos de treinador.
O que mais me aborrece no mundo portista são as desculpas. Ele é o árbitro, ele á Federação, ele é a Liga, ele é os clubes da segunda circular, ele é a comunicação. É verdade, há fatores externos adversos. Mas nem por um instante podemos deixar de ser exigentes com a nossa equipa, o nosso treinador, a nossa estrutura. É que só assim progredimos.
Este jogo foi um banho de humildade e de realismo para todos nós, portistas. Não temos tão bom treinador como pensávamos; a nossa equipa não tem a categoria que julgávamos, faltam bons jogadores; as coisas precisam de tempo. Depois das últimas 2 épocas, não se pode ter tudo de um momento para outro...Vamos com calma, chegaremos lá!!!
Mas será bom que Farioli, acima de tudo, aprenda - e muito - com o jogo de ontem!!!
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
"Onde termina o pecado?"
O mundo pune.
A Igreja, às vezes, imita o mundo — com toga de ouro e olhos fechados.
Mas Jesus não veio para punir.
Veio para amar até o fim.
Veio para sentar-se à mesa com pecadores, para abraçar quem já não se aguentava de vergonha.
Há pecados que são crimes, e crimes que destroem vidas.
Mas nenhum pecado é maior que a misericórdia de Deus.
Nenhum.
O que fazer com quem errou feio, sujou o nome de Deus e feriu os pequenos?
Mandar embora, afastar, esquecer?
Ou abrir um caminho estreito, difícil, exigente — mas possível — de arrependimento e renascimento?
Justiça sem misericórdia é vingança.
Misericórdia sem verdade é mentira.
Mas quando as duas se encontram, o Evangelho acontece.
O inferno começa onde termina a possibilidade de recomeço.
E a Igreja, se quiser ser de Cristo, não pode fechar essa porta.
Carlos Lopes
sexta-feira, 19 de setembro de 2025
Entrevista-biografia do Papa Leão, que saiu esta quinta-feira em livro, no Peru
“A curto prazo” não será de esperar qualquer reforma sobre a doutrina da Igreja a respeito do papel das mulheres na Igreja Católica e ao acolhimento de católicos que se assumem como LBTQI+"
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Quando a entrevistadora o confronta com a possibilidade de ordenação de mulheres diáconos, um tema que foi objeto de debates nas sessões de 2023 e 2024 do recente Sínodo e proposto por diversas igrejas locais, o Papa afirma que “não tem qualquer intenção de mudar o ensinamento da Igreja sobre o assunto” a curto prazo.
Ao mesmo tempo, nesta que é a sua primeira entrevista desde que foi eleito em maio deste ano, Leão diz desejar “continuar no caminho” do Papa Francisco, seu antecessor, “nomeando mulheres para cargos de liderança em diferentes níveis da vida da Igreja
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Sobre eventuais alterações doutrinárias relativamente a questões de género ou de novos modelos de família, como o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o Papa Leão reconhece tratar-se de problemas “sensíveis e polarizadores”, cabendo-lhe a ele não “incentivar a polarização dentro da Igreja”.
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Relativamente ao acolhimento das diferentes realidades e das pessoas que as vivem, o novo Papa afirma partilhar do espírito de Francisco, quando, na Jornada Mundial de Juventude, de Lisboa, enfatizou a ideia do acolhimento a “todos, todos, todos”, mas sem que tal implique mudanças na doutrina estabelecida. “Estão todos convidados, mas não convido ninguém pela sua identidade particular”, enfatiza.
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O modelo da família tradicional – “pai, mãe e filhos” – cujo “papel, por vezes, sofreu nas últimas décadas, deve ser reconhecido e fortalecido de novo.”
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A entrevistadora coloca-o perante os problemas dos abusos e violências, nomeadamente sexuais, perpetrados por membros do clero. Nesta frente, Leão XIV considera que a instituição que governa deve continuar a apoiar as vítimas com “genuína e profunda compaixão”, entendendo, contudo, que a questão “não pode tornar-se a prioridade da Igreja”.
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Leão XIV lembra que a crise foi agudizada com a paragem de uma das grandes fontes de financiamento – os museus do Vaticano, devido à pandemia. Porém, acrescenta o bispo de Roma, as viagens e as visitas foram retomadas e a normalidade foi-se instalando. Acresce que, neste ano jubilar, se tem registado um aumento do número de turistas, tudo convergindo para uma melhoria da situação.
sexta-feira, 5 de setembro de 2025
Elevador da glória!
terça-feira, 2 de setembro de 2025
Há lugares onde é mais perigoso adoecer
As férias decorriam normalmente, Até que, de repente, um familiar meu sentiu dores fortes e persistentes. Dirigiu-se ao Centro de Saúde mais perto. O médico atendeu-o, examinou-o e receitou-lhe um antibiótico e um medicamento para a febre. Regressou a casa, mas as dores persistiam e intensificavam-se. Foi então levado para um Hospital. Por sinal, e ao contrário do esperado, não havia muita gente à espera de ser atendida. Pelo caminho, o doente contactou a Linha de Saúde 24. Um tormento, dado o sofrimento do enfermo! Um questionário interminável e numa linguagem técnica incompreensível para o paciente, o que levava este a referir constantemente: "Não percebi!"
Ao chegar ao Hospital, foi logo atendido. Tempo depois é enviada para casa, apenas com um antibiótico diferente.
O sofrimento acentua-se. Torna-se insuportável. Regressa ao Hospital. Então é descoberto o mal: uma apendicite. O doente quer regressar à cidade de residência, mas é aconselhado por profissionais de saúde a não o fazer. Seria muito perigoso, naquele estado...
É operado de urgência. Intervenção prolongada no tempo. E depois oito dias no hospital em recuperação, com os primeiros tempos a serem muito difíceis.
Felizmente, ao terminar o tempo de férias, ele também teve alta, regressando à residência habitual com os seus, continuando a recuperação satisfatoriamente.
Aquele hospital tem péssimas recordações também para mim. Há 11 anos, passei ali mais de 10 horas à espera que me tirassem um espinha da garganta.
Num Algarve onde se gastou uma fortuna com um estádio de futebol sem praticamente utilização pela modalidade, aquele Hospital deixa muito a desejar a nível de estruturas. Não me parece, contudo, que tal justifique tudo. Houve erros humanos a mais que poderiam ter sido fatais.
O meu familiar não se queixou de funcionários e de enfermeiros. Já alguma comunicação médica deveria ter sido mais clara e presente, tanto para o doente como para a família.
Pelo que me aconteceu a mim há anos, pelo que sofreu o meu familiar no presente e pelo testemunho de pessoas, o Algarve é dos piores lugares para adoecer.
Há 11 anos, dizia-me uma enfermeira que no Verão quadruplicava a população no Algarve, mas o pessoal de saúde era o mesmo, pese embora a propaganda política em sentido contrário...
Por sinal, nesta mesma ocasião, outra pessoa da família realizou um intervenção cirúrgica programada noutro Hospital do país. Em si a operação correu bem, mas surgiram problemas, segundo informações, advindos do contexto da anestesiologia, que preocuparam e que, neste momento, se estão a ultrapassar, felizmente.
A segunda parte das férias foi assim marcada pela preocupação, como diz o povo, "de coração nas mãos". Visitas ao hospital, telefonemas, mensagens, contactos...
Que para o ano seja melhor, bem melhor! Deus nos ajude.
Tal como a habitação, a saúde precisa de ser um desígnio nacional, sem dogmatismos e sem fundamentalismos ideológicos.
Precisamos de melhores estruturas de saúde. Precisamos cuidar, mais e melhor, do tesouro da vida.
Precisamos de mais médicos. Médicos que juntem competência e humanidade.
"O senhor Doutor, aquela pessoa distante, ser superior, algumas vezes intratável", tem que baixar à terra dos humanos e ser humano com eles.
O país investe imensos recursos na formação dos seus médicos. É natural que mantenha em relação a eles a exigência de compromisso, humana e cientificamente, irrepreensível.
Eu sei, todos sabemos, que há clínicos - muitos, muitos - extraordinários. Na dedicação, na competência, na humanidade, no serviço até ao limite. E mesmo estes podem errar, porque não são deuses.
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Fogo Antigo
Ardem os montes como quem grita
por socorro que não chega.
Nas aldeias, o tempo pára —
perde-se a casa, o gado, a vida.
Promessas? Muitas.
Planos? Alguns.
Ações? Poucas.
Há mãos que acendem por ganância,
e penas que mal pesam o crime.
Políticos falam, voltam costas,
e o verde vira cinza no silêncio.
Fica o medo —
nas rugas da velha que tudo perdeu,
nos olhos do homem que nada pôde fazer.
E os culpados seguem,
sem rosto, sem castigo,
como cinza levada pelo vento.
quinta-feira, 14 de agosto de 2025
15 de agosto - "Padre há 46 anos"
Nasci no dia 13,
fui ordenado no dia 15.
Maria, discreta e fiel,
foi presença desde sempre.
Há 46 anos disse “sim” com tudo:
alma limpa, coração ardente,
cheio da alegria da primeira hora.
Cristo era a paixão maior —
e continua a ser.
A vida ensinou muito.
Erros, insucessos, esperas…
mas também bênçãos sem fim.
Foi Deus quem me sustentou,
não os meus méritos —
mas a Sua graça.
Amo o povo que servi.
Não me sinto incompreendido,
sinto-me acolhido.
Mesmo quando nem todos veem
no padre mais do que um “funcionário”,
sei que muitos me quiseram bem.
E eu a eles.
Mas digo com verdade:
a Igreja — estrutura —
tantas vezes não cuida dos seus padres.
Pede muito, escuta pouco.
Fala de serviço,
mas esquece quem serve.
E é preciso saber sair a tempo,
antes que o corpo e o ânimo se arrastem.
Sair com dignidade,
sem que isso pareça desistir.
Sou padre para sempre,
não pelo cargo,
mas por amor a Cristo.
Hoje, como há 46 anos,
é Ele a razão do meu caminho.
A Ele, gratidão.
Ao povo, carinho.
À Igreja, um apelo:
cuidem dos padres.
Somos humanos,
não máquinas de sacramentos.
E que Maria, que me viu nascer e ordenar,
continue a guiar os meus passos —
até ao último dia.
terça-feira, 12 de agosto de 2025
E continuo. A gostar de viver!
E não conto os anos —
conto os milagres.
Conto as
manhãs em que, mesmo com dor,
acordei com vontade de amar.
As noites em que rezei em silêncio,
e senti Deus a velar por mim.
Fui moldado
pelo sofrimento,
mas não vencido por ele.
As quedas fizeram parte do caminho —
mas foi nelas que a graça me levantou.
A minha vida
tem sido dom.
Ofício de amor, de escuta, de cuidado.
Ao altar, ao Evangelho, ao povo de Deus.
E que povo tão bom o que me foi confiado!
Tantos rostos, tantas histórias,
tantas vidas que me ensinaram
que servir é também ser servido pelo amor dos outros.
A família…
ah, a minha família —
sangue, raiz, sustento.
Presença firme, mesmo na ausência.
Teceram em mim a fé, a coragem,
a alegria de ser quem sou.
E os amigos…
esses que preenchem os vazios com um simples existir.
Mesmo que liguem pouco, mesmo que o tempo passe.
Basta saber que estão.
E já não estou só.
E continuo.
A viver. A gostar de viver.
Mesmo com as limitações do corpo,
mesmo com a memória que, às vezes, se engana.
Sim, sou um
milagre.
Milagre da intercessão de Maria,
essa Mãe que nunca falha,
a quem me confiei tantas vezes
como filho, como padre, como homem.
Costumo dizer-Lhe:
sou Teu milagre. E sou.
Hoje, não
celebro só um número —
celebro a Graça.
Celebro o dom de ser,
de ter amado e sido amado.
Celebro os dias dados e os que ainda virão.
Até quando Deus quiser.
E depois…
peço p’ra cair nos braços d’Ele,
como quem regressa à Casa,
com o coração cheio de nomes,
de gestos, de afetos.
E descobrir, enfim,
que a liberdade maior
é ser eternamente de Deus.
Carlos Lopes
domingo, 3 de agosto de 2025
Situações que me deixam destoutiçado
1. Ao terminar hoje o Jubileu dos Jovens em Roma, um milhão de jovens de todo o mundo esteve com o Papa na Missa de encerramento. Alguns milhares eram portugueses.
Que tempo de antena teve este acontecimento na comunicação social portuguesa? que reportagens? Que presença de jornalistas? Não tenham dúvidas, se fosse um festival de verão com um terço desta gente, a comunicação social portuguesa não largava o acontecimento, entrevistava toda a gente e mais alguma coisa. Se fosse um escândalo no interior da Igreja, tínhamos telenovela no comunicação lusa... É esta falta de verdade que leva cada vez mais gente a abandonar a comunicação social, que, pela parcialidade, se desacredita. As pessoas já vomitam um jornalismo de "faca e alguidar", faccioso, só enxerga o lado doentio da realidade humana.
2. Um povo muito adverso a pensar. Gente primária para quem a tradição humana, o sempre se fez assim é que conta. Da meia noite de 3 até 7 de agosto, está em vigor a Situação de Alerta em todo o território continental. O que é que a "chico-espertice lusa" fez num local deste país que estava em festa para controlar a lei? Antecipou em meia hora o fogo de artifício. E o pior é que, pela reportagem que vi num canal de TV, pessoas dessa terra aprovaram abertamente a decisão da comissão de festas na antecipação do lançamento do foguetório, justificando com a tradição e a ausência de comparticipação monetária para a festividade por parte do pessoal, caso não aparecessem os foguetes.
Entretanto, na situação tremenda em que se encontra o país quanto a incêndios, se um foguete tivesse pegado o fogo, eram a comissão e a população que iam apagá-lo? E se bombeiros tivessem ficado feridos ou falecido no combate a tal incêndio?
Sabemos que os portugueses adoram ficar de "papo ao ar" a ver os foguetes. Pessoalmente acho uma despesa quase inútil, mas respeito o gosto dos outros, O que acho que deve ser condenável é a atitude egoísta e desumana de lançar foguetes só para manter a tradição, num contexto de incêndios que nos assaltam.
3. Ainda a propósito da calamidade dos incêndios:
- Como se quer que as matas sejam limpas quando nalguns lugares do interior só existem velhos que não têm forças para executar a limpeza das matas, nem têm dinheiro para mandar fazer?
- Que estão a fazer aqueles que recebem o rendimento mínimo e podem trabalhar? Se são pagos pelo dinheiro dos contribuintes, devem fazer algo pela sociedade. A limpeza das matas e dos campos era um trabalho que essa gente deveria fazer!
Se existem leis marcadas ideologicamente que o impedem, corrijam-se as leis. Senhores políticos, deixem de ser "caçadores de votos" e legislem em favor da justiça e da paz.
- As cadeias estão cheias. Que fazem os presos além de serem sustentados pelos impostos dos outros cidadãos? Essa gente deveria trabalhar, só lhes fazia bem, formava-os para a vida e seriam úteis à sociedade que os sustenta.
- Os bombeiros, heróis nacionais, têm que trabalhar para sustentar a família. Tantas vezes, depois do trabalho, vão combater o fogo que outros deveriam ter evitado que acontecesse. Tantas vezes que abandonam a empresa para valer aos incêndios...
- Penas muito mais pesadas para incendiários, cumprindo essas penas em serviço em prol da sociedade.
- Penas pesadas para aqueles que se aproveitam dos incêndios - há quem diga que os poderão incentivar - para seu enriquecimento. Quem possa provocar um incêndio, com a finalidade de se enriquecer, é um monstro e deve enfrentar a oposição e determinação social e legal.
segunda-feira, 28 de julho de 2025
O melhor túmulo dos mortos é o coração dos vivos!
domingo, 18 de maio de 2025
Eleições Legislativas 2025
Resultados Globais NACIONAIS 2025
Resultados eleitorais, Concelho de Tarouca:
sexta-feira, 9 de maio de 2025
Leão XIV é o novo Papa
sexta-feira, 2 de maio de 2025
Fiquei fora de mim...
Já lá vão bastantes anos. Ia fazer um trabalho pastoral a um povo. Decorria o Conclave para a eleição do novo Papa. Rádio do carro a funcionar. A emissão é interrompida para anunciar que surgira o "fumo branco", sinal da eleição do novo Papa. Paro o veículo fora da faixa de rodagem e espero, porque estava com tempo. Finalmente a noticia do eleito...
Fico fora de mim. Saio e passeio na via de um lado para outro. Aquela estrada quase não tinha movimento, por isso estava à-vontade. "Senhor, porquê!? Achas que é este tipo de Papa que a Igreja e o mundo precisam? O Espírito Santo meteu férias? Tanta gente a rezar, pedindo a luz do Espírito e Tu não ouviste nada!..." Enfim, uma revolta e um estado de nervos que nem vos conto nem vos digo.
Voltei ao carro e, sabendo que mais à frente havia um bica de água pura, andei e fui beber. Para afogar mágoas e na esperança de serenar.
Cheguei ao destino, ainda longe da hora marcada. Normalmente costumava aproveitar para falar com as pessoas, mas naquele dia, entrei logo na capela e ajoelhei diante do Santíssimo Sacramento. Uma vontade enorme de pedir perdão ao Senhor pela minha revolta, pois em vez de "seja feita a Vossa vontade assim na terra coimo no Céu", tinha barafustado com Deus por Ele não ter feito a minha vontade. E à medida que ali permanecia, uma paz e uma enorme serenidade me invadiram. Como é bom saborear a misericórdia e o carinho de Deus por nós!
Claro que, como muita gente, tenho cá dentro o meu desejo. Não gostava que fosse eleito alguém da linha tradicionalista, e e muito menos ultratradicionalista. Esta gente (Cardeais, Bispos, Padres, Leigos), pequeno número, é barulhenta, gosta de estar na crista da onda e de dar uma ideia de grandeza numérica que não tem. Gostava, clara e decididamente, que fosse alguém da linha de Francisco. Talvez alguém que falasse menos. Quem está à frente, tem que falar pouco, mas bem e oportunamente. Se fosse o Cardeal Tagle, ficava contente, Senhor! Mas Tu e só Tu é que sabes . E ainda bem.
“Eu estarei convosco, até ao fim dos tempos.”
Sentimos a Tua presença reconfortante e temos a certeza de que permaneces sempre ao leme da barca da Igreja e a guias com mão firme no meio das tempestades da história.
Neste momento de ansiosa expectativa, envia o Teu Espírito Santo, para que ilumine a mente dos Cardeais na escolha do sucessor de Pedro: que eles escolham aquele em quem pensaste e que designaste para guiar hoje o Teu rebanho.
Virgem Santa,
Tu que rezaste com os Apóstolos no Cenáculo e esperaste com eles a efusão do Espírito Santo;
reza connosco e por nós e obtém para nós o dom de um novo Pentecostes de fervor, de entusiasmo e de alegre obediência ao Evangelho de Jesus.
Amén.
quinta-feira, 1 de maio de 2025
O que me comprometo em memória de Francisco
1.
sexta-feira, 25 de abril de 2025
O Cravo Que Falta Florir
quarta-feira, 23 de abril de 2025
OS PAPAS TAMBÉM MORREM
“Tudo tem uma duração. Todos temos. Até o papa tem uma duração, lá foi”, ouvia-se ontem nas redes sociais. É o óbvio, apesar de ter sido dito (e sentido) de um modo muito estranho... Recebi a notícia no final da primeira Eucaristia, através de um amigo e, por momentos, voltamos à igreja para, numa oração simples, agradecer ao Senhor o dom do seu pontificado. Na Eucaristia seguinte, numa outra paróquia – a anteceder a Visita Pascal - tivemo-lo presente nas nossas orações e intenções. Sobretudo em ação de graças!