segunda-feira, 26 de abril de 2021

A História da História

"O Presidente da República deu uma excelente lição sobre uma correta hermenêutica da História de um país. Isto é, deu-nos critérios de leitura e interpretação da história, na assunção plena de tudo o que a constitui, sem anacronismos, sem glorificações, sem julgamentos descontextualizados. A Lição também serve para uma leitura da História da Igreja. Os demolidores de estátuas e os acusadores apressados ganhariam muito em reler o discurso. Deles a história poderá dizer que não percebiam nada de História. Aprender a fazer a História da História... isso é outra História." (Amaro Gonçalo)

No seu discurso, proferido na Assembleia da República na comemoração do 25 de Abril, o Presidente afirma que há, no olhar de hoje uma “densidade personalista, de respeito da dignidade da pessoa humana, da condenação da escravatura e do esclavagismo, na recusa do racismo e das demais xenofobias que se foi apurando, representando um avanço cultural e civilizacional irreversível”, considerando que é “uma missão ingrata a de julgar o passado com os olhos de hoje sem exigir, nalgumas situações, aos que viveram esse passado, que pudessem antecipar valores ou o seu entendimento para nós agora tidos como evidentes, intemporais e universais”.

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