Não se debatem ideias. Catalogam-se pessoas de acordo com o que está em voga, com o politica, social e comunicacionalmente correto. Não se debatem ideias, cataloga-se o mensageiro.
Pessoas manifestam-se a contra o aborto e a eutanásia? São da extrema-direita.
Para mim, a vida humana é sagrada desde a conceção até à morte natural. Vida humana. Sagrada. No ventre materno, bebé, criança, adolescente, jovem, adulto, velhinho, doente…
Se defender a vida, toda a vida, é ser da extrema-direita, então eu sou.
Se lutar pela dignidade do trabalho, por ordenados justos, por melhores condições laborais é ser comunista, então eu sou.
Se lutar por uma Banca ao serviço da comunidade, transparente, controlada, sem fugas nem corrupção, com banqueiros a prestar contas do seu exercício, respondendo perante a justiça quando for o caso e repondo o que retiraram é ser bloquista, então sou sou.
Se lutar pela integração humana e social de todos, sem racismos, pela igual dignidade de todos os cidadãos é ser do Livre, então eu sou.
Se lutar para pura uma sociedade não estatizada, onde a iniciativa privada tenha lugar, onde os cidadãos possam livremente criar, investir, dar o seu contributo à sociedade é ser do CDS, então eu sou.
Se lutar pelo direito de escolha quanto à educação dos filhos e à saúde, sem imposição do Estado, mas pela livre opção de cada cidadão é ser do PSD, então eu sou.
Se defender os animais e a natureza, lutando contra a carbonização e a favor de um meio-ambiente despoluído é ser do PAN, então sou.
Se exigir uma sociedade segura, onde ladrões, criminosos, vigaristas e parasitas prestem contas a sério com a justiça é ser do Chega, então eu sou.
Se defender que, numa sociedade democrática e plural, o trabalho tem primazia sobre o capital é ser do PS, então eu sou.
Nenhum partido me esgota, nenhuma catalogação me apouca. Até porque catalogar pode ser uma forma de calar, de intimidar.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.