domingo, 12 de agosto de 2018

Comportamentos dentro de uma Igreja

Resultado de imagem para sacrário barroco
Há dias entrei num Santuário muito conhecido para um momento de oração.  Início de agosto. Os visitantes eram mais do que muitos. Reconheço que não foi fácil concentrar-me e tive que recorrer a todas as minhas forças para o poder fazer.
Naquele templo o Importante passou por desconhecido para a esmagadora maioria dos visitantes. Sim, estava devidamente sinalizada a presença do Santíssimo Sacramento. Para quase todos os que por lá passaram durante aquela meia hora em que estive, era como se não estivesse…
Não pretendo julgar ninguém. Quem sou eu para o fazer!  Apenas partilhar o que vi.
- Houve quem se portasse como quem entra no museu. Admirasse o tecto, o espaço, os altares, as imagens, trocando aqui e ali algum comentário a meia voz com as pessoas acompanhantes. Depois, dando meia volta, saíram. Turismo.
- Houve quem, munido do inseparável telemóvel, nada mais fizesse do que tirar fotos e selfies.  Ora só ora acompanhado.
- Houve quem entrasse e, dada uma vista de olhos, começasse de imediato um bailinho de altar para altar, sozinho ou cochichando com algum acompanhante.
- Houve quem entrasse, se sentasse no banco e estendesse os braços pelo encosto como quem descansa à sombra.
- Alguns entravam faziam uma garatujem rápida pela testa e peito, imitados no gesto pelos mais novos que os seguiam. Um ou outro acompanhou este gesto com um simulacro de genuflexão, normalmente para o local para onde estava virado.
- Também vi um casal de meia idade que entrou. Ambos genufletiram  diante do Santíssimo Sacramento,  afastaram-se para o lado, ajoelharam e, de mão dada, fizeram um momento de oração. Edificante.
- Durante aquele tempo, uma coisa observei: a preocupação de quem entrava em retirar da cabeça o boné, eles e elas.
- Como católicos - acredito que a maioria o seria - deveriam, ao entrar fazer a genuflexão diante do Santíssimo Sacramento, corpo direito e joelho direito ao chão. Em seguida, retiravam-se para um banco, ajoelhavam, benziam-se e faziam um momento de oração em silêncio diante d'Aquele que está ali por nós e para nós. Sempre à nossa espera! Depois sim, com todo o respeito e serenidade podiam observar, admirar, visitar o templo, seus altares e suas imagens.
- Certamente que, se perguntassem àqueles visitantes se acreditavam na presença real de Cristo na Eucaristia, eles diriam que sim. Mas ao ver a maneira como se comportavam, estavam a dizer que não.

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