De facto, olhamos para o grupo de
catequistas e são, na maioria, mulheres. Olhamos para o grupo dos ministros
extraordinários da Comunhão e são, na maioria, mulheres.
Olhamos para os corais e são, na
maioria, mulheres.
Olhamos para os grupos de leitores e
são, na maioria, mulheres.
Olhamos para os grupos sócio-caritativos
e são, na maioria, mulheres.
Olhamos para os diversos serviços,
eventos paroquiais, e constatamos que, na maioria, são sustentados por
mulheres.
Tirando porventura os conselhos
económicos paroquiais, concluiremos que grupos, movimentos, associações,
irmandades, dinâmicas e ações apostólicas têm um cunho feminino indelével.
Bem vistas as coisas, só a hierarquia da
Igreja é que não é composta por mulheres. Bem vistas as coisas, são elas que
fazem caminhar a Igreja. Ou então experimentem acabar com a sua participação ou
deixar de contar com elas nas comunidades paroquiais e logo verão que acontece.
Eu sei que não é fácil imaginar estas comunidades sem padres. Mas também não é
fácil imaginá-las sem mulheres que, tão generosamente, as fazem caminhar.
A Igreja deve muito às mulheres e ao
génio feminino.
E os homens? Que há-de ser feito para envolver
mais e mais os homens na vida da Igreja? Por um lado, nas nossas comunidades, o
homem, geralmente, tem respeito humano, vergonha de aparecer, estar,
participar, assumir a sua fé. Por outro lado, pelo seu espírito mais prático e
materialista, julga-se menos propenso para compromissos de ordem mais
espiritual. Depois existe o maldito preconceito. “Estas coisas de devoções e
missas da semana são para as mulheres…”
Penso que a Igreja deve fazer uma séria
reflexão sobre a vivência cristã do género masculino e que os homens, em pleno
século XXI, se devem deixar de preconceitos, respeitos humanos, vergonhas e
materialismos endeusados, assumindo plenamente a fé que liberta.
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