terça-feira, 5 de junho de 2018

Direito à decisão e direito à discordância

Quando se trata de arte e da localização de eventos ou monumentos, as opiniões são muitas. Só que alguém tem que decidir. E fá-lo quem tem autoridade para tal.
Não será difícil constatar uma realidade. A formação e sensibilidade artísticas da população são baixas. As pessoas agraram-se àquilo que lhes entra de imediato pelos olhos dentro, têm muita dificuldade em gostar do simbólico, do abstrato, do mais elaborado. Ao fim e ao cabo da arte na sua essência.
Quanto à localização de eventos/monumentos, a diversidade de opiniões é igualmente muita. Uns  por interesse, outros por mania, outros porque simplesmente estão contra, ainda alguns por razões políticas, certas pessoas por razões muito válidas e elaboradas.
Compete a quem está à frente ver mais longe e mais além. Tantas vezes que aquilo que é inicialmente contestado é  posteriormente elogiado.
É certo que, em certos momentos, quem decide, para não dividir irremediavelmente as pessoas, acolhe o parecer da grande maioria. Até porque, no caso de monumentos, é relativamente fácil mudá-los de lugar quando tal parecer oportuno face à maturação da opinião da comunidade.
Pensamos  ser sempre importante que haja debate sobre estas coisas, que se proceda a esclarecimentos públicos  por parte de quem tem competência para os dar, que os cidadãos estejas disponíveis para aprender e evoluir.
Pensamos igualmente que quem tem a responsabilidade de decidir que decida.
Por fim, não troquemos o essencial pelo acessório. Importante é termos as coisas. O acessório  pode ser mudado e/ou reenquadrado.

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