domingo, 13 de setembro de 2020

Há quem apareça para partilhar e colaborar, sentindo-se Igreja e sentindo a Igreja

A crise económica que a pandemia desencadeou atinge todos, pessoas e instituições.
Também as paróquias estão a ser fortemente atingidas. Primeiro foi a ausência das pessoas nas celebrações durante março, abril e maio. A partir daí, por causa das orientações profiláticas, é reduzido o número de pessoas nas celebrações.
Mas as despesas mantêm-se. Água, luz, limpezas, outros serviços essenciais, seguros, obras, etc, etc. Há muitos comunidades paroquiais com fortes dificuldades para manter os serviços básicos.
A partilha de bens (não me parece apropriado o termo 'esmola') vem desde a origem da Igreja - leia-se o Livro dos Actos dos Apóstolos.  Desde o início os cristãos sentiram a necessidade de partilhar bens e serviços nas suas celebrações. Faziam natural e generosamente. Tinham em conta o bem comum da comunidade e o serviço aos mais necessitados. Era viva a consciência de que "uma fé que não mexe no bolso" não é autêntica, pois a fé é inseparável da caridade.
Ao longo da História, a organização dessa partilha foi variando na forma, mas a partilha sempre se manteve. Actualmente existem modos diferentes, desde a entrega de bens (muito comum nas celebrações africanas) até ao chamado "peditório do Ofertório" mais comum entre nós. Actualmente, por causa da COVID-19, existe um cestinho para receber as ofertas à saída da Eucaristia.

Há dias uma pessoa desta Paróquia perguntou quanto custava determinado serviço  à comunidade, pois queria ajudar e gostava de o fazer colaborando no pagamento do referido serviço. A pessoa foi encaminhada para o respectiva entidade paroquial que gere tal assunto. Embora ainda não tivesse obtido resposta, apareceu com a sua oferta. Fê-lo de forma discreta e elegante. 
Há quem só apareça para protestar, dar sugestões para os outros fazerem, exigir tudo. Há quem apareça para partilhar e colaborar, sentindo-se Igreja e sentindo a Igreja. 
A comunidade paroquial somos todos e cada um de nós. Logo a Paróquia será o que cada um quiser que ela seja...
A IGREJA SOMOS TODOS NÓS!!!

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