* Aquela família costuma tirar uns dias de descanso por altura do Natal. Tempo que era gasto para sair de casa com os filhos. Algarve e estrangeiro eram destinos à espera. Mas nos últimos 3 anos têm ficado por casa da mãe de um deles. A senhora está velhinha, doente, a precisar de apoio especial. Descobriram por si mesmos que os restantes irmãos não tinham mais dever de cuidar da velhinha do que eles. Então prescindiram de saídas e ficam, permanecem, apoiam, ajudam, acompanham a mãe. Os filhos, jovens, que a princípio torciam o nariz, agora são uns fãs da decisão dos pais.
Mas quantos fazem isso? Muitos que vivem longe lá vão passando um dia ou dois pelos pais velhos, mas sempre com "fogo no rabo" para irem "laurear o queijo". Quem está por perto que se arranje…
* Já não há paciência para as "Boas Festas" que nos chegam através das redes sociais! Tudo igual, em série. Chegam dezenas de gifs, vídeos, postais, gravuras iguais. Sem uma única palavra que revele pessoalidade, atenção á pessoa a quem se mandam as Boas Festas. Nada, tudo em série, massificado, impessoal!
Quando tal acontece, lamento, mas o destino fatal é o imediato "delete"!
E o mais incrível é por vezes o acrescento: "Espero receber de volta", referindo-se ao postal, à mensagem, ao gif, ao filme… É o cúmulo! Massificação e egocentrismo. Claro, o destino imediato é o delete!
O despesismo da passagem de ano é confrangedor. Fortunas são gastas. Roupas, maquiagens, jantares, corridas desenfreadas para destinos caros, unidades hoteleiras a rebentar pelas costuras, gastos monstruosos em fogo de artifício…
Depois volta o queixume da vida cara, do dinheiro que não chega para nada, de não ser possível chegar aqui ou ali, sendo a culpa sempre dos outros.
Parece que não se aprendeu nada com a última grande crise que afetou o país. Portamo-nos como se nada nos tivesse acontecido. Estamos a gastar em supérfluos o que nos vai fazer falta, infelizmente.
Já existem "ceias de natal" em novembro, porque dezembro já não tem dias suficientes para tanta ceia.
Entrou-se na paranoia das "ceias de natal". Não há associação, empresa, grupo, instituição pública ou privada que não promova tal evento. São às dezenas e dezenas. Parece que já fazem parte do funcionamento normal das instituições - algumas com várias de tais ceias… Ouvi pessoas queixarem-se de enjoo de tanta ceia…
Se são amigos a promover tais eventos, é com eles. Mas se é uma instituição pública ou subsidiada, o caso pode mudar de figura. Não se fazem festas com os impostos dos outros… Até porque há muito, muito mesmo onde gastar bem o dinheiro. As necessidades humanas e o imperativo do progresso exigem que se tenham em atenção estes gastos.
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