domingo, 3 de agosto de 2025

Situações que me deixam destoutiçado

Nestes últimos tempos, houve situações que me tiraram do sério.

1. Ao terminar hoje o Jubileu dos Jovens em Roma, um milhão de jovens de todo o mundo esteve com o Papa na Missa de encerramento. Alguns milhares eram portugueses.

Que tempo de antena teve este acontecimento na comunicação social portuguesa? que reportagens? Que presença de jornalistas? Não tenham dúvidas, se fosse um festival de verão com um terço desta gente, a comunicação social portuguesa não largava o acontecimento, entrevistava toda a gente e mais alguma coisa. Se fosse um escândalo no interior da Igreja, tínhamos telenovela no comunicação lusa... É esta falta de verdade que leva cada vez mais gente a abandonar a comunicação social, que, pela parcialidade, se desacredita. As pessoas já vomitam um jornalismo de "faca e alguidar", faccioso, só enxerga o lado doentio da realidade humana.

2. Um povo muito adverso a pensar. Gente primária para quem a tradição humana, o sempre se fez assim é que conta. Da meia noite de 3 até 7 de agosto, está em vigor a Situação de Alerta em todo o território continental. O que é que a "chico-espertice lusa" fez num local deste país que estava em festa para controlar a lei? Antecipou em meia hora o fogo de artifício. E o pior é que, pela reportagem que vi num canal de TV, pessoas dessa terra aprovaram abertamente a decisão da comissão de festas na antecipação do lançamento do foguetório, justificando com a tradição e a ausência de comparticipação monetária  para a festividade por parte do pessoal, caso não aparecessem os foguetes.
Entretanto, na situação tremenda em que se encontra o país quanto a incêndios, se um foguete tivesse pegado o fogo, eram a comissão e a população que iam apagá-lo? E se bombeiros tivessem ficado feridos ou falecido no combate a tal incêndio?
Sabemos que os portugueses adoram ficar de "papo ao ar" a ver os foguetes. Pessoalmente acho uma despesa quase inútil, mas respeito o gosto dos outros, O que  acho que deve ser condenável é a atitude egoísta e desumana de lançar foguetes só para manter a tradição, num contexto de incêndios que nos assaltam.

3. Ainda a propósito da calamidade dos incêndios:
- Como se quer que as matas sejam limpas quando nalguns lugares do interior só existem velhos que não têm forças para executar a limpeza das matas, nem têm dinheiro para mandar fazer?
- Que estão a fazer aqueles que recebem o rendimento mínimo e podem trabalhar? Se são pagos pelo dinheiro dos contribuintes, devem fazer algo pela sociedade. A limpeza das matas e dos campos era um trabalho que essa gente deveria fazer!
Se existem leis marcadas ideologicamente que o impedem, corrijam-se as leis. Senhores políticos, deixem de ser "caçadores de votos" e legislem em favor da justiça e da paz.
- As cadeias estão cheias. Que fazem os presos além de serem sustentados pelos impostos dos outros cidadãos? Essa gente deveria trabalhar, só lhes fazia bem,  formava-os para a vida e seriam úteis à sociedade que os sustenta.
- Os bombeiros, heróis nacionais, têm que trabalhar para sustentar a família. Tantas vezes, depois do trabalho, vão combater o fogo que outros deveriam ter evitado que acontecesse. Tantas vezes que abandonam a empresa para valer aos incêndios...
- Penas muito mais pesadas para incendiários, cumprindo essas penas em serviço em prol da sociedade.
- Penas pesadas para aqueles que se aproveitam dos incêndios - há quem diga que os poderão incentivar - para seu enriquecimento. Quem possa provocar um incêndio, com a finalidade de se enriquecer, é um monstro e deve enfrentar a oposição e determinação social e legal.