Foi agradável aquele tempinho de férias na companhia de familiares meus a quem agradeço todo o acolhimento, simpatia e gratuitidade.
Tive um bom tempo de praia, água agradável, mar sereno. O espaço que frequentei era muito calmo, sendo as famílias com crianças e as pessoas idosas os principais clientes.
Como gosto, caminhei imenso. Além da hora diária gasta entre casa e praia, sobraram as imensas caminhadas, que normalmente fiz sozinho, mas uma vez ou outra com familiares. É uma experiência que me encanta: sozinho no meio da multidão!
Em cada dia fiz uma boa acção: como trouxe sempre o relógio comigo, fartei-me de indicar as horas a quem mo solicitava. Foi a boa acção de escuta. Muita gente na praia. Nalguns espaços, era preciso serpentear para contornar as pessoas. Várias vezes parava para observar crianças brincando, famílias a divertir-se, velhinhos a dar a mão aos netitos, pais, com o cansaço estampado no rosto mas que conduziam com imenso carinho o filho deficiente. Também gostei de ver as brincadeiras entre donos e cães ao pé da água. Mas o que mais me encantou foi ver famílias felizes, a jogar, a passear, a conversar, a rir.
Gostei muito das brincadeiras, das piadas, das provocações, das conversas a série com os meus sobrinhos e sobrinhas. Foram encantadores.
No especto religioso, alguma esperança, bastante deceção. Esperança quando participei na Eucaristia em 20 de agosto. Templo completamente cheio, com gente de todas as idades. Deceção quando no domingo seguinte, numa Igreja da mesma zona, vi o templo com muito menos gente do que em anos anteriores. E a hora era a mesma... Pior ainda! No dia 3 de setembro numa grande Igreja moderna, na zona do Porto. Pouquíssima gente, sem novos!
Pensei que a Jornada Mundial da Juventude tivesse abanado mesmo a Igreja em Portugal. Que os cristãos perdessem o medo e assumissem corajosamente a sua fé. A 1ª Missa no Algarve aumentou-me essa esperança. Mas as duas experiências seguintes fizeram-me aterrar na realidade. Infelizmente não será bem assim...
A vida no Algarve é ainda mais cara do que no resto do país. Uma carestia de vida infindamente para além do razoável. Parece outro país!Apesar da carestia em geral, apesar dos preços nos restaurantes serem chocantes, estes espaços estavam sempre cheios, obrigando sempre a marcação prévia. E não venham com a história dos estrangeiros... Era claro que a maioria dos frequentadores eram portugueses. A desigualdade de ordenados em Portugal é ofensiva e permite estas situações.
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