segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Quando as sondagens não sondam

Ao longo dos últimos meses, as várias sondagens foram dando a vitória a Fernando Medina, algumas com grande diferença. Afinal quem ganhou foi Carlos Moedas.
Os opinion makers foram-se encarregando de promover Medina e de apoucar Moedas. Umas vezes de forma subtil, outras de modo claro e explícito.
Analistas e comentadores, na rádio, TV, jornais, novas tecnologias, pareciam apostados em "levar ao colo Medina", beliscando as competências políticas de Moedas.
Foi-se criando o pano de fundo para um vitória eleitoral de Medina.
Só que muito acima, e muito antes, e muito depois, está a decisão dos eleitores. Os cidadãos despoletaram, por sua liberdade democrática, um bomba política. Elegeram Moedas!
Quer dizer que os cidadãos não foram na cantiga das sondagens (ou as sondagens é que não afinaram pelos cidadãos?), nem com as tentativas da comunicação social para erguer um e rebaixar outro.
E isto é vitalidade democrática. Nenhuma campanha, nenhum apoio político de entidades importantes, nenhum campanha dos Mass, discreta ou declarada, cala a voz democrática das pessoas quando estas se exprimem no silêncio livre do acto de votar.
Vamo-nos dando conta que alguns actores políticos caem no goto da comunicação social e são por esta "levados ao colo", enquanto outros, que não entram nas graças da mesma comunicação social, são denegridos e apoucados.
Valha-nos a voz do povo!

Nada de tomar posição sobre estas duas personalidades ou sobre os partidos políticos donde emergem. Apenas e só sublinhar que são precisas melhores sondagens e uma comunicação social mais isenta e mais atenta.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.