Num decreto divulgado pelo Vaticano, esta manhã, Francisco determina que entre hoje e 8 de dezembro de 2021 se celebre um “Ano especial de São José”.
"No dia da Imaculada, o Papa Francisco oferece uma prenda a São José. Ah, pois é. Não separe o homem o que Deus uniu. Obrigado, Papa Francisco, porque também tem "um coração de pai"."
"A indulgência que não é moeda de troca
Gosto muito de anos jubilares. São mobilizadores, reformadores, inspiradores. E então este de "São José" é mesmo uma agradável surpresa do Papa Francisco. Só não gosto - deixem-me ser sincero - é da moeda de troca associada às indulgências em anos especiais. É precisa uma verdadeira acrobacia teológica e uma genialidade argumentativa invulgar para tornar compreensível, para trocar "em miúdos" uma matéria que está tão intoxicada pela história que mais valeria pô-la de molho uns séculos. Não que eu ponha em causa ou não compreenda esta profusão da graça, esta torrente aberta da misericórdia divina, que se extravasa. Não. Não que eu não sinta falta dessa grande indulgência que se derrama do lado aberto do Crucificado. Não. Não que eu não acredite na comunicação e interajuda entre os membros do mesmo Corpo de Cristo. Não. Não que eu não acredite no reflexo e no refluxo da santidade dos cristãos sobre a vida de todos os pobres pecadores. Não. Não me venham já com apologética barata sobre o assunto, que para isso leio, estudo, medito e rezo e creio como a Igreja crê. Mas sonho com o tempo, em que todo o tempo é graça e de graça. E que não precisa de nenhum "chamariz", de nenhuma moeda de troca, para nos mover à conversão do coração, até alcançarmos a graça de um coração de pai, que nos faz irmãos. Mas quando um site católico anuncia o Ano de São José e começa logo imediatamente a debitar as condições para receber as indulgências, dá-me cá um "clique" para mudar de página, que me estraga logo a festa toda. Precisamos todos e muito de indulgência. Oh se precisamos. Já das «indulgências» temo que seja tema de conversa que não vem por bem. Mas já que vem, assim seja."
Amaro Gonçalo, Facebbok
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